• Um bom jornal é uma nação falando consigo mesma.

    • Arthur Miller •

  • O cara da barbicha

    Publicado por: • 3 maio • Publicado em: A Vida como ela foi

      Meu colega do JC Roberto Brenol de Andrade me diz que o fotógrafo do jornal salvou uma foto muito interessante para mim. Como não a localizei no arquivo, perguntei a ele o nome do fotógrafo para uma busca mais precisa.

      – Não sei, mas é um de barbicha.

      O mesmo que dizer que o fotógrafo era homem. Todo mundo usa barbicha ou barba hoje em dia, petralhas, coxinhas, comunistas, anticomunistas, boys e executivos de alto escalão. Até anão de jardim, esses desde o tempo da Branca de Neve. Estranho o Príncipe Encantado não usar uma. Não duvido que, em breve, até o papa Francisco use uma no capricho. Bem pelas representações até Ele ostentava uma, provavelmente, porque não existia nem gilete nem barbeador naquela época.

      Nos anos 1960, os hippies reiniciaram a moda, mas só eles e a jeunesse dorè; nos anos 70 e 80, a barba era acompanhada de cabelo comprido. Nos 90, só os protestantes contra o stablishment; nos anos 2000, os executivos de pastinha e cabelo com mais cola que uma caixa inteira de Superbonder aderiram à moda. Hoje, é o que se vê. Bom para as barbearias e salões.

      Aí o outro me diz para procurar um cara com barbicha.

      Imagem Freepik

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  • Homenagem a Mário Barbará

    Publicado por: • 3 maio • Publicado em: Caso do Dia

    O compositor e cantor Mário Barbará, autor de belas composições da genuína música gaúcha, faleceu no dia 1º. Nascido, criado em São Borja (RS), recebeu esta bela homenagem do meu amigo Paulo Motta. Confira. É um primor de texto.

    Mário Barbará

    Se eu me chamasse Lourenço, naquele tempo em que as velhas brancas sentavam, numa tarde quente, e eu fizesse juras eternas, descobriria que é preciso dar a mão, ter que se cumprimentar e, depois de ser amigo, não vale o coração negar.
    Mas quem foi que disse que eu não sei cantar?
    Conheci um negrinho e um potrinho baio raio que meu compadre me apresentou, de já hoje, que guardava um saci na compoteira sob a luz dos vagalumes.
    Depois, pra não fazer da minha vida uma comédia, uma tragédia ou um filme de terror, atravessei a ponte e a ponte gemeu; quase se borrou o ermãozinho do José.
    Sonhei contigo e bebi, sozinho lá, num solitário bar, nem me lembrava mais pois tanto tempo faz.
    E assim vamos, desgarrados, virando copos de saudades mas o que foi, nunca mais será.
    É a vida em seu galope, me envolvendo, redemoinho, longe da gravata colorada, quando havia muita arma branca e pouca munição.
    Meu canto chega de longe, foi guerra e foi pastoreio, mas agora me gusta uma campesina mulher valente, buena companheira, com suas mãos de asas a enfeitar minha cama.
    Galopa, lope galopa, cavalo de assombração!
    Quem viu, duvida que viu, quem pensa que viu não viu!
    Pega teus avios de mate e vá matear com Deus, meu amigo!

    Uma das grandes composições de Barbará é Desgarrados. Confira no https://www.youtube.com/watch?v=uQwLBPmgMJ4

    Acesse o perfil no Face aqui.

     

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  • O presidente Temer luta hoje não para que o café venha quente, mas que pelo menos venha.

    • Carlos Brickmann    •

  • Me engana…

    Publicado por: • 3 maio • Publicado em: Notas

       Um tamanduá empalhado custou a um brasileiro o prêmio Wildlife Photographer of the Year de 2017, dado pelo Museu de História Natural de Londres. A instituição concluiu que o fotógrafo utilizou um animal empalhado – que fica no centro de visitantes de uma das entradas do Parque Nacional das Emas, em Goiás, onde a foto vencedora do concurso foi feita – na composição de sua imagem. Marcio Cabral havia sido o vencedor da edição 2017 do prêmio do museu londrino, na categoria animais em seus habitats.

    …mas eu não gosto

       Em sua foto “The night raider” (O invasor noturno, em tradução livre), um tamanduá se apoia sobre um grande cupinzeiro, no qual era possível ver luzes verdes produzidas por larvas de vagalumes que, com o brilho, atraem presas. A investigação sobre a fotografia teve início a partir de uma denúncia e contou com a participação de dois especialistas em mamíferos e um taxidermista da instituição londrina, de um pesquisador especializado em mamíferos da América do Sul e de um especialista em tamanduás.

    Causos do Machadinho

       O jornalista João Carlos Machado Filho é homem de muitas histórias. Uma delas: no seu tempo de Rádio Gaúcha, teve uma gincana em que só dois jornalistas, famosos e que já faleceram, falavam. Foram 24 horas de participação. Teve gente que queria mudar o prefixo de PRC 2, para PRSÓ 2.

    Momento culinário

       Gosto muito do Boteko Andradas, na Rua dos Andradas 741, em frente à Cada de Cultura Mário Quintana, Porto Alegre. É especialista em a la minutas variados, parmeggiana inclusive. Não é barato – não é bufê – mas também não é caro. Médio. Come-se bem por 35 pilas. O detalhe é a salada de maionese com cebolinha, que a deixa crocante. Maravilha.

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