• Nomes bem brasileiros

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    Publicado por: • 6 jun • Publicado em: A Vida como ela foi

    O povo gosta de batizar suas filhas com nomes aglomerados, nome com nome, geralmente com K – Katiucha, Katiane, Khaterine, Katiele, Kleudete. Se for batizar com nomes do tipo, eu ainda prefiro Claudete. Já os homens são ou Rodrigo ou Thiago, hoje com mais de 18 anos. Imagino que, se em um estádio cheio, o serviço de informações avisar, pelo sistema de som, que procura Tiago ou Rodrigo, levanta metade da torcida.

    Na Copa de 1994 ou 1998, acho, Romário fez o primeiro gol no primeiro jogo da Seleção. Então, a Globo procurou nas maternidades do Rio de Janeiro se havia nascido alguém no preciso momento em que o jogador fez o gol. Acharam o cabra. Foi para o ar no Jornal Nacional ele, a mulher com o bebê no colo. O repórter então perguntou o nome do pimpolho.

    – Bem, eu queria Romário mas minha mulher preferia Maiqueljaquinson.

    – E como resolveram?

    – Ficou Romário Maiqueljaquinson da Silva.

    Respondeu o orgulhoso pai.

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  • Ser filósofo não significa escrever, significa viver.

    • Felix Timmermans •

  • Coisa ruim

    Publicado por: • 5 jun • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    O pior não é o número cada vez menor de leitores. E sim: pessoas que leem estão cada vez mais desatentas ao que leem.

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    As cantadas aéreas

    O Dia do Comissário de Bordo foi festejado em 31 de maio, e poucos lembraram a data. Não para condenar, porque todo santo dia é dedicado para algo ou alguém. Acho que foi o jornal O Dia quem fez uma matéria sobre como as comissárias repelem assédio a bordo e até fora dele. Fizeram outra matéria sobre o assédio que os comissários recebem, e não são poucos.

    Tirando de letra

    Esse pessoal sabe como se livrar das inconveniências de tanto que recebem assédios. Ainda mais porque a maioria é bonita e se veste bem, no caso delas, sempre com maquiagem muito bem-feita. Até a década de 1980, início dos 90, dizia-se aeromoça, e os homens eram comissários. Aeromoça era e ainda é fantasia masculina, muito mais no passado.

    As falsas comissárias

    Lembro que o Jornal da Tarde, de São Paulo, mantinha classificados com recados nada discretos de moças que se ofereciam para favores sexuais, com anúncios encimados pela palavra aeromoça. Evidentemente não eram, mas atraíam a atenção dos garimpeiros do sexo, que procuravam estes classificados.

    A magreza dos classificados

    Um causo leva a outro e me dou conta de que há horas estou por falar na magreza dos anúncios classificados. A internet os vêm matando de morte matada. Quem lembra dos maçudos cadernos classificados dos anos 1970 em diante sabe do que falo. Eram disputados a tapa, especialmente nos finais de semana. No anos 1980, a Zero Hora chegou a ter problemas quando atravessadores chegavam a furtar os classificados antes mesmo da edição propriamente dita.

    Disputa pelos cadernos

    Ocorre que esse tipo de publicidade tinha tal volume de anunciantes que os cadernos tinham que ser impressos antes da edição normal, um dia antes até – como cadernos encartados com matérias atemporais. Lembro que havia até pirataria, com atravessadores comercializando os classificados “por fora”. Como sempre, tudo que é sólido se desmancha no ar.

    Historinha de rua

    Contada pela amiga Carla Santos:

    Mendigo de cerca de 60 anos cruzando por mim na calçada: 

    – Querida, me consegue…

    Fixou o olhar no meu rosto e mudou o tom de voz e a expressão facial: 

    – Ui. Cara de pobre. Vai tomar no…

    Como dizia a vovó, é melhor ouvir isso do que ser surdo.

    O bem feito

    É comum ler postagens ou ouvir comentários de pessoas que fizeram checkup total e reportar que o médico disse que os principais indicadores – triglicerídeos, colesterol bom e ruim, pressão arterial, glicose e outros que parecem os de um garoto. TODOS os esculápios dizem isso quando os exames deram OK. É de largar foguetes, concordo, mas aumenta a autoestima. E faz o examinado dizer que o médico dele é o melhor do mundo para quem quiser ouvir. Mas que é bom ouvir isso, lá isso é.

    Jornal do Comércio

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  • O poço

    Publicado por: • 5 jun • Publicado em: A Vida como ela foi

    Domingo à noite, assisti ao último episódio da série Imagens do Estado Novo, que contou a história do Getúlio Vargas. Na campanha presidencial que tinha o Marechal Eurico Gaspar Dutra e o Brigadeiro Eduardo Gomes como candidatos principais, aconteceu o seguinte.

    Um mês antes da eleição, surgiu um panfleto com uma frase do Brigadeiro que, se fosse hoje, dava cana.

    – Não preciso de votos de marmiteiros.

    Não dava cana, mas foi fatal para suas pretensões. Nas urnas deu o Dutra. A parte triste é que era fake. O Brigadeiro jamais disse aquilo.

    Ainda sobre o Marechal. Os maldosos da Corte diziam que ele tinha uma cara de bunda (gorduchinho, bochechas largas, nariz espremido entre elas). O folclore conta que, certo dia, ele foi inaugurar um poço artesiano e botou a cara para ver o fundo.

    Lá dentro, um operário dava os retoques finais gritou.

    -Não aqui não, pelamordedeus.

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  • O povo tende a acreditar piamente nas falsas notícias e duvidar das verdadeiras.

    • F. A. •