• A última do Ibope

    Publicado por: • 29 jun • Publicado em: Sem categoria

    A pesquisa do Ibope confirma a dos demais institutos dando Lula com 33%, e depois vem Jair Bolsonaro e Marina Silva empatados em torno de 17%. Os que temem e os que torcem pelo deputado carioca podem pegar um banquinho e cevar um chimarrão sem precisar olhar para o relógio. Ainda tem muito chão pela frente.

    Longo é o caminho

    Não apenas isso. Ter 17% é uma merreca, situação piorada pelo fato de que quase metade dos eleitores ainda não decidiu seu voto. Interessante é que, com Lula na parada, Bolsonaro cai mais que Marina. Ciro Gomes e Geraldo Alckmin estão na mesma. Ainda acho que o governador paulista vai crescer bem, principalmente se Bolsonaro crescer na parada.

    O samba do Brasil doido

    Como o Judiciário entra em recesso a partir de hoje, não há chance de o Supremo julgar hoje se Lula pode ser libertado da prisão. E quando for julgado o pleito será pelo plenário. A Segunda Turma nem pensar. Ou quem sabe, pode. Ou não. O Brasil de hoje é um ponto de interrogação só – em todas as esferas do poder.

    Mudança radical

    De um jurista anônimo em conversa na Rua da Praia: antes o STF não prendia ninguém, agora solta todo mundo.

    Torre de Babel, o retorno

    No episódio bíblico da Torre de Babel, em que todo mundo falava línguas diferentes e ninguém mais se entendia, enquanto erguiam a tal torre que tinha a pretensão de tocar o céu. Estamos assim hoje. Só que em vez de tocar o céu, periga tocarmos o inferno.

    Que moda!

    De tanto ver a mulherada aderindo à moda dos jeans rasgados, estou começando a achar que pode não ser tanta moda assim, mas falta de dinheiro para comprar um novo.

    Força total

    Essa tendência de rasgos propositais começou nos anos 1980, no Rio de Janeiro, e era chamada de “moda vagaba”. Depois, houve um longo intervalo até que, há alguns anos, tudo começou de novo com força total.

    Viajando na maionese

    Ouvi ontem no Mercado Público um cara-pálida rejubilando-se pelo fato de “os gringos foram para casa”. Alemão nunca foi gringo, bem pelo contrário. Os mexicanos chamam os norte-americanos de gringos, e parte da América Latina também. No passado, nós chamávamos assim os filhos do Tio Sam, mas hoje a expressão caiu de moda. Hoje é “americano”.

    Jornadas Brasileiras

    A cidade de Carazinho foi palco, ontem, das Jornadas Brasileiras de Relações do Trabalho. O secretário Executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, Pablo Tatim, salientou o trabalho realizado pelo ex-ministro e atual deputado federal Ronaldo Nogueira na luta para mudar a lei trabalhista, buscando a harmonia na discussão entre patrões e empregados. “Ronaldo Nogueira e Leonel Brizola são dois grandes carazinhenses. Brizola reformou o Rio Grande. E Ronaldo vai reformar o Brasil”, ressaltou.

    União de todos

    Ao falar para mais de 200 pessoas (lotação esgotada no Clube Comercial) da sua cidade natal, Nogueira disse que buscou a união de todos, independentemente de partidos e pensamentos, para mudar uma situação que afetava mais de 14 milhões de desempregados no Brasil. “Nós queremos serenidade e justiça. Queremos mais segurança jurídica e mais empregos. Não há saída se todos não sentarem à mesa para discutirem a questão. Quem aposta que o Brasil não vai superar essa crise, vai perder. Porque ele é maior do que qualquer coisa”, concluiu ele.

    A grande diferença

    O professor Denis Rosenfield destacou a trajetória e luta do deputado Ronaldo Nogueira. Que, segundo ele, teve muita paciência e perseverança na luta travada pela reforma trabalhista. Ele citou uma visita feita por Ronaldo Nogueira a uma central trabalhista, durante esse processo, onde as agressões ao governo federal eram constantes. Mas o deputado ouviu dos presentes que ele era diferente, pois foi um dos poucos a conversar com eles sobre a reforma trabalhista. “O projeto, tirando o fim da contribuição sindical, foi acolhido pelas centrais sindicais e também pelos empregadores. Nenhum direito foi tirado e a decisão sempre será tomada por negociação entre patrões e empregados, com total liberdade de escolha”, enfatizou Denis Rosenfield.

    Enfoque jurídico

    O desembargador do Tribunal Regional do Trabalho do Mato Grosso do Sul, Amaury Pinto Rodrigues Junior, deu um enfoque jurídico na sua explanação sobre a mudança da lei. Para ele, a sociedade sempre tem dois lados e tanto trabalhadores, como o Governo, devem andar juntos. “Não cabe a mim gostar ou não da lei. Mas aplicá-la sem nenhum conteúdo ideológico”, exaltou o desembargador.

    De igual para igual

    Para o ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Alexandre Agra Belmonte, há muito tempo era necessária à reforma da CLT, porque ela estava burocrática e omissa em diversos itens. Ele comentou que, com a reforma, diversas mudanças aconteceram a partir da sua aprovação. “No plano coletivo as partes estão em pé de igualdade. As partes também estão no mesmo plano, no que diz respeito à negociação”, ressaltou Belmonte.

    Agenda:

    Passo Fundo sedia as Jornadas Brasileiras hoje. Começa às 12h no Clube Comercial da cidade, na avenida Brasil Oeste, 373.

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  • O juiz e o Cabeleira

    Publicado por: • 29 jun • Publicado em: A Vida como ela foi

    O biscateiro Cabeleira, tipo popular de Montenegro dos anos 1950, era muito chegado na marvada. E quando estava sob o efeito dela, aprontava. E aprontou tanto que até o novo juiz de Direito da cidade marcou ele na paleta. Quando se aproximavam as eleições, mandou imprimir os clássicos cartazes de proibição de venda de bebidas alcoólicas 24 horas antes até 24 horas depois do dia do pleito.

    Cerca das 9h da manhã, depois de percorrer as poucas regiões eleitorais, foi tomar um cafezinho no Café Comercial. Deu de cara com o Cabeleira completamente bêbado. Espantou-se.

    – Mas quem te vendeu cachaça, Cabeleira?

    Ele deu de ombros.

    – Doutor, pra mim já arrumei. Se quiser beber, se vira.

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  • Há muito tempo que o papel de sensato é perigoso entre os doidos.

    • Denis Diderot •

  • Primeira Presidência

    Publicado por: • 28 jun • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    O ministro Ricardo Lewandowski proibiu a venda de empresas públicas sem aval do Congresso, nas três esferas de governo. O Supremo realmente manda neste país. No caso, manda mal. Um dia antes, abriram as celas dos presos da Lava Jato. Não cabe a pergunta “Onde vamos parar?”. Não vamos. Vamos para o fundo. E o Congresso, ora o Congresso…

    Os três tribunais

    Do jornalista Carlos Brickmann: Um grande político baiano, Otávio Mangabeira, dizia que, por mais que um fato fosse estranho, na Bahia havia precedente. No Brasil também: o único país do mundo a ter Justiça do Trabalho e Justiça Eleitoral criou também três Supremos Tribunais Federais. Um está na cabeça do ministro a quem o caso é entregue, e que prende e solta a seu critério. Outro é o do plenário, com os onze ministros que a Constituição determina. O terceiro é o das turmas, cada uma com cinco ministros. Sabe-se que o ministro Édson Facchin, ao ver que Lula seria solto pela Segunda Turma, decidiu levar seu caso ao plenário, que o julgará depois das férias. Lula fica preso até agosto ou setembro.

    A várzea

    Onze craques ou supostos como tal reunidos numa só time não formam necessariamente uma seleção prodigiosa. A contrário, todos esses egos reunidos podem ser piores do que um time de futebol de várzea bem afinado.

    Galeria BRDE

    Galeria dos presidentes do BRDE

    Foto: Mauro Lewa Moraes

    O ex-presidente do BRDE e atual secretário da Agricultura, Odacir Klein, teve descerrada sua foto na galeria dos 31 ex-pesidentes da instituição. Nos agradecimentos, Odacir cunhou frase espirituosa referindo-se aos tempos difíceis de recessão econômica e ao desempenho do BRDE:

    “A estrada é pedregosa, mas o veículo é muito bom!!!”.

    E aduziu: “Onde eu estiver, haverá a defesa muito forte do Banco como instrumento para promover o desenvolvimento e a integração regional”.

    País de fofoqueiros

    Sempre acho estranho que, nas redes sociais, primeiro se comenta o estado físico dos comentaristas de TV – se está gordo, velho etc – antes de falar sobre a qualidade das suas análises.

    A Vingança dos Velhotes

    Há muitos anos, cristalizei convicção que você está velho quando diz ou faz três coisas:

    • 1) Diz a toda hora “no meu tempo”;
    • 2) repete “mas onde é que vamos parar!”:
    • 3) compra balinhas e dá para as garotas do seu círculo privado ou profissional.

    Especialmente esta última é mortal. Mas não dá para evitar comparações de outros tempos com a algazarra ofensiva comum neste milênio.

    A vingança de Cronus II

    Só que está mudando. Com a aceleração cada vez maior da tecnologia, usos e costumes – o celular lançado hoje estará obsoleto já na madrugada seguinte. Até uns 20 anos atrás, pessoas com 40 anos se sentiam jovens. São, desde que você não tenha. E vem a vingança do deus Cronus, o deus do tempo: hoje, alguém de 40 anos, e amanhã alguém com 30 anos, já pode dizer “no meu tempo”.

    Jornadas do Trabalho

    A cidade de Carazinho recebe nesta quinta-feira (28) as Jornadas Brasileiras do Trabalho. O evento, que percorre diversos municípios, acontece às 12h, no Clube Comercial, situado na Rua Boaventura Subtil de Oliveira, 65 – Centro da cidade. Serão palestrantes desta edição o ex-ministro do Trabalho e deputado Federal, Ronaldo Nogueira; o filósofo e professor universitário, Denis Rosenfield; o ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Alexandre Agra; e o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, Amaury Pinto Rodrigues.

    O projeto Jornadas Brasileiras do Trabalho visa explicar a nova lei trabalhista. Serão 16 ao todo e em várias cidades brasileiras.

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  • Bares

    Publicado por: • 28 jun • Publicado em: Sem categoria

    Por uma série de circunstâncias profissionais e pessoais, bares e restaurantes de hotéis sempre me atraíram. Em parte para descobrir porque deram certo ou porque deram errado. Aprendi com um maitre que, dificilmente, restaurante de hotel dava certo. Há um conjunto de fatores, mas um deles é que o hóspede quer sair, dar uma arejada, conhecer a vida na cidade que visita a serviço ou a lazer. Comer no hotel só quando sair tem óbices.

    Eu escrevi “daram certo” porque não sei como é o quadro hoje. Vejo documentários com restaurantes maravilhosos, e mais de um. Como esses documentários na maioria são quase sempre pagos – hoje tudo é pago em qualquer plataforma de mídia, pode ser propaganda enganosa, dessas que são bonitos para os olhos, mas não para as papilas gustativas.

    Até o início dos anos 1980, Porto Alegre teve bares de hotéis muito bons. A maioria ficava no Centro, isso antes da classe média ser expulsa da área. O mais charmoso para mim era o Tiffany’s, do Alfred Porto Alegre, na rua Senhor dos Passos, mas o bar do Plazinha, na mesma rua, tinha mais tradição. Com cadeiras de espaldar alto e mesinhas cercadas por biombos, era ideal para conversas mais íntimas.

    O bar do Hotel Everest, na Duque de Caxias, nunca pegou, nem o restaurante, que oferecia uma vista maravilhosa da cidade. O Hotel Embaixador tinha um bem concorrido, embora um pouco barulhento para o meu gosto. O do City Hotel era dominado por advogados e pecuaristas. Já o bar do Lido era modesto como o hotel que lhe deu o nome – tinha mesas de fórmica, imagina. O primeiro bar do Plaza São Rafael, o Snack Bar, foi bom enquanto durou – os proprietários na época não gostavam de bar fechado. Pena, porque as paredes feitas com garrafas escuras iluminadas por dentro dava belo efeito.

    Dito tudo isso, dou receita para bar de hotel ou não: tem que ser aconchegante, silencioso, os clientes têm que falar baixo, e sobretudo, feitos para agradar casais casados ou não. Ninguém vai te procurar em bar de forasteiros.

    Imagem: Freepik

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