• O filho de Gunga Din

    Publicado por: • 5 set • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Quem viu o filme “Um convidado bem trapalhão” com Peter Sellers, uma das melhores comédias já produzidas, deve se lembrar da cena em que o personagem Gunga Din vivido pelo ator britânico se recusa a seguir o roteiro e não “morre” apesar da fuzilaria que o “mata”. Lembra a insistência de Lula. A cena é hilária.

    O fundamentalista

    Fernando Haddad está parecendo, já não digo lacaio, mas um personagem fundamentalista com fé cega no patrão a ponto de nem mesmo adverti-lo que já passou do ponto. A técnica de postergar o Dia do Não Fico como candidato a presidente nas eleições 2018. É uma questão de amor próprio, até, mas como ele nunca tugiu nem mugiu, deve ser porque não vê nada demais.

    O que faz errar ou acertar

    Filmes, romances e até estratégias têm um ente superior a governá-los para que deem certo, o timing. Lula vem espichando a corda tempo demais. Mas como dizer isso ao deus supremo da esquerda. Ninguém tem sequer coragem de dizer que o rei está nu dentro de uma cadeia, sem ver as ruas por meses?

     

    Segundo turno

    Há a possibilidade de Fernando Haddad ir para o segundo turno, reconheço. Acho que não estará, mas não aposto todas as minhas fichas neste quadro. Então a história será contada pelo vencedor.

    Clube do trilhão

    De verdinhas. A Amazon passou a ser a segunda empresa dos EUA (a primeira é a Apple) a valer mais de um trilhão de dólares. Em comum com a Uber tem o fato de ter só lojas virtuais. Já a Uber é dona da maior frota de táxis do mundo sem ter um só para chamar de seu.

    A culpa do querosene

    As Nações Unidas realizaram um estudo para entender o impacto das operações aéreas no meio ambiente, segundo a Aero Magazine. O estudo conduzido pelo Programa Ambiental das Nações Unidas e a Organização Mundial de Meteorologia (WMO) mostra que a aviação contribui com 4,9% da mudança de clima causado pela influência humana, incluindo as emissões do dióxido de carbono e outros gases para o efeito estufa.

    O que fazer?

    Bem, por enquanto temos a possibilidade do combustível verde extraído da cana de açúcar, entre outros vegetais. Mas deixem eu dizer uma coisa: se ele substituísses bem o querosene de aviação as aéreas já o estariam utilizando.

    Escolhas seletivas

    Somos seletivos na escolha dos maiores poluidores do planeta. Se a primeira indústria que mais polui é a indústria do petróleo, a segunda é a indústria têxtil que usa fios sintéticos. Imagina todos estes produtos jogados fora depois de certo tempo, suas meias, camisas, calças, blusões, pulôveres e tantos outros. E ainda tem o vidro, que é praticamente eterno.

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  • A burrice é o único símile do infinito.

    • Roberto Campos •

  • Do bom e do melhor

    Publicado por: • 5 set • Publicado em: A Vida como ela foi

    A propósito da história de terça-feira sobre as sacadas de publicitários leitor envia o caso da rede de varejo gaúcho Taqui, que é realmente um nome sonoro, curto como deve ser e sugestivo. Lembrança vai, lembrança vem, lembrei de um caso acontecido que meu querido amigo Ernani Behs conrou em 1973.

    Anos antes, estavam ele e outro publicitário cujo nome me escapa – imperdoável! – bebericando em uma das poucas mesas de um armazém de secos na esquina da rua Doutor Thimóteo com a Marquês do Herval, no Moinhos de Vento. Estes estabelecimentos seriam hoje os mercadinhos de bairro. Quando entabulavam conversa entrou uma senhora. Fez o pedido.

    – Eu queria dois quilos de arroz.

    Avental mais ou menos branco, barriga encostada no balcão, o dono perguntou qual marca ou tipo de arroz ela queria.

    – Qualquer um desde que seja do bom – respondeu ela.

    O publicitário amigo do Nani ficou alerta. Semanas depois ele registrou e depois vendeu para um cliente a marca Dobom.

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  • No princípio era o verbo

    Publicado por: • 4 set • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    A evolução do homo rei publicae teve considerável avanço de algumas décadas para cá. Pensei nisso ao fazer o balanço dos meus 50 anos de jornalismo e comparar vereadores, deputados e senadores daqueles tempos e os de hoje, no que diz respeito à sua motivação. É covardia a comparação.

    O peso do vil metal

    Senão, vejamos. O sujeito chegava, num certo momento da sua vida, disposto a retribuir o que a sociedade lhe dera ou queria deixá-la melhor, na cidade ou no seu Estado. Então se candidatava a algum cargo. Passaram-se os anos e, de repente, a carreira política virou emprego. Tanto que começaram a chamar de “classe política”, o que é um absurdo. Classe pressupões atividade econômica, a classe industrial, dos comerciários ou dos comerciantes.

    Os atacadistas

    Pois bem, viraram classe. Mas aí veio outro salto evolutivo. Não raro o “emprego” não era – é – o mais importante, o que interessa é o PONTO, um espaço imaginário, mas que é mais lucrativo que qualquer emprego porque pressupõe operações no atacado. E rentáveis.

    A campo contra-ataca

    O ataque contra a Farsul desferido pela candidata a vice de Ciro Gomes, no JC, de ontem, mereceu o seguinte comentário do advogado e produtor rural Nestor Hein: “Kátia Abreu é capaz. Capaz de tudo! Como fenômeno político seria capaz de servir, ao mesmo tempo, a Pinochet e a Maduro. Depende do cenário e da conveniência.”

    Preconceito

    Ciro já foi infeliz ao dizer que a agropecuária é subsidiada pelo governo. Já foi, não é mais há muitos anos. O que acontece é que o dinheiro vem do depósito do compulsório dos bancos e da poupança. O que o Tesouro faz é distribuir esse dinheiro nas múltiplas demandas do setor, que inclui a agricultura.

    O temperinho da sacada

    Mas só aqui se vê esse tipo de crítica sem saber como a atividade rural é irrigada, como se o homem do campo ainda fosse gigolô de vaca, no dizer do general João Figueiredo. É verdade que, nos tempos da inflação alta, existiu esse desvio, mas isso são águas passadas. Mas sem até o dinheiro privado é condenado pelos pecuaristas do asfalto, então vamos viver e comer do que: de hortinhas comunitárias e temperinhos verdes plantados em vasos nas sacadas dos prédios?

    A hora é de inserção

    Ex-Ibope por 30 anos, Domício Torres hoje com sua própria empresa de pesquisas, a IRP, garante que horário eleitoral não cria voto, que o telespectador sai da sala. O que dá voto ou o muda são as inserções de 30 segundos durante a campanha, não dá tempo do cara sair da sala. E se o comercial for bom, pode ser…

    No ar

    Agência Global assina a segunda fase da campanha institucional do Sebrae RS, reforçando o novo posicionamento da organização. E já está no ar o novo filme, A proposta de sustentação da campanha é mostrar a importância da transformação gerada pelo empreendedorismo na vida das pessoas, na sociedade e na economia. O filme de 60″ veiculará em emissoras de TV aberta e pay TV.

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  • As virtudes são como os museus, de que todos falam mas ninguém frequenta.

    • E. Bertarelli •