• A cobertura

    Publicado por: • 10 set • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    A cobertura do atentado pelos sites dos grandes jornais teve altos e baixos, mas estranhei muito o da Globo, no G1. Enquanto o Estadão afirmava, desde o início, que os ferimentos de Jair Bolsonaro eram sérios e que o fígado e intestino haviam sido atingidos, o G1 parecia relutante até em admitir o fato. Inicialmente, deu mais ênfase ao fim do ato-passeata do capitão, dedicando a última linha apenas para dizer que ele foi esfaqueado. Ok, pode ser a urgência, mas levou muitas horas dizendo que o ferimento fora superficial.

    O tempo parou

    O tempo político, no caso. Pelo que se sabe até agora é se Jair Bolsonaro mantiver as atuais condições de temperatura e pressão, isto é, só voltará à campanha para o segundo turno, não dá para dar uma de profeta. As pesquisas Ibope e Datafolha que começam a sair a partir de hoje já terão captado parte do impacto do atentado, posto que o trabalho de campo foi até ontem.

    Sobe desce

    Pelo que se sabe sobre a massa eleitoral, uma eventual alta nas intenções de voto em Bolsonaro não significa que ela seja irreversível. E se o quadro clínico piorar, ninguém sabe.

    A soma dos medos

    Parece que Bispo agiu sozinho, mas se as investigações da Polícia Federal encontrarem cúmplices, bom, aí vai ser um inferno e a teoria da conspiração pessoa jurídica passa a ser real, mesmo que seja apenas um grupo pessoa física.

    Decolagem abortada

    O panorama no RS, neste momento, sugere que o governador José Ivo Sartori e o tucano Eduardo Leite estão no segundo turno. Miguel Rossetto (PT) cresceu, mas ainda está longe do que se imagina ser o tamanho do fiel eleitorado petista. Mateus Bandeira (Novo) não sai do chão. A surpresa é Jairo Jorge, do PDT, permanecer no mesmo patamar desde o início da campanha. Se Ciro Gomes crescer bem e chegar no segundo turno, pode turbinar a candidatura do ex-prefeito de Canoas.

    Júlio, o verdadeiro

    Júlio Flores, eterno candidato do PST ao governo do RS, é o único da esquerda que é sincero nas suas propostas. Ele diz – com todas as letras – que, se eleito for, vai estatizar tudo, se possível decretar o fim da propriedade privada. Enfim, socialismo puro.

    Há sinceridade nisso?

    As outras siglas de esquerda não abrem o jogo. No máximo, falam vagamente em ideais socialistas e semelhanças. Dão o tapa e escondem a mão.

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  • O homem planeja e Deus ri.

    • Provérbio iidiche •

  • O verdadeiro 7 de Setembro

    Publicado por: • 10 set • Publicado em: A Vida como ela foi

    O Sete de Setembro comemorado sexta-feira não foi festejado. Nem sobrevoo de caças da FAB houve em Porto Alegre,  pelo menos não vi nem ouvi. Como era diferente em épocas anteriores, quando a data eletrizava a população e principalmente a estudantada. Qualquer cidade do interior se mobilizava. Semanas antes, fazíamos treinos para o desfile ao som de uma banda marcial, pequena que fosse. A do grupo Escolar de São Vendelino tinha três integrantes, um bumbo, um tarol e uma caixa. E deu.

    No Ginásio São João Batista, de Montenegro, eram seis. Depois que me formei passou para nove. Também treinávamos semanas antes para não errar o passo.  No dia do desfile, os tênis tinham que ser imaculadamente brancos, calçados na hora do desfile para não sujá-los. Peito para a frente, cabeça erguida, pisar resoluto. Com que orgulho a gente passava sabendo que o pai e a mãe estavam nos olhando.

    Anos mais tarde, quando voava no Aeroclube de Montenegro, era também com orgulho que sobrevoava o desfile, a baixa altura, com o limitado CAP4 de 65 cavalos, com a bandeira do Brasil presa embaixo da fuselagem.

    Acabou. O sentimento de Nação acabou. Talvez explique, em boa parte, por que estamos em coma profundo e não mais deitados em berço esplêndido. Hino Nacional é só em jogos da seleção, que ironia.

    Saudades do meu tênis imaculadamente branco. E do orgulho que eu sentia por ser brasileiro.

    Imagem: Freepik

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  • Da cola ao expresso

    Publicado por: • 9 set • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    A Coca-Cola está apostando alto na diversificação. Acabou de comprar a rede de cafés Costa, que pertencia ao grupo britânico Whitbread, pelo equivalente a US$ 5,1 bilhões. Você vai no supermercado ou no mercadinho e ela está em uma série de sucos.

    Adeus colas?

    É bem provável que os futuristas da gigante estejam prevendo que o mercado das colas e refrigerantes seja atingido devido à onda natureba cada vez maior – por mim tudo bem, bato palmas, embora não seja radical.

    Brechó de grife

    Ainda veremos o dia em que, como na indústria de automóveis, de móveis, na moda e até nas roupas, a ordem é customizar e individualizar produtos. Na França, até roupas de brechó são, como direi, privatizadas ao gosto do freguês.

    Jornal do Comércio

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  • Momento iceberg

    Publicado por: • 8 set • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Todos os candidatos e partidos emitiram notas oficiais condenando o atentado contra Jair Bolsonaro. Boa parte guardará para si o pensamento de que ele semeou ventos e colheu tempestades. De novo, a imagem do iceberg e sua ponta: 90% dele está abaixo da superfície.

    Rejeição entre aspas

    Há dias escrevi que, no Brasil, até rejeição irreversível é reversível. A pesquisa Ibope divulgada sexta pelo RBS Notícias mostra que a rejeição a José Ivo Sartori caiu de 44% para 39%.

    Decolagem abortada

    O panorama neste momento permite dizer que o governador José Ivo Sartori e o tucano Eduardo Leite estão no segundo turno. Miguel Rossetto (PT) não decola por enquanto. Se é que vai decolar, Mateus Bandeira (Novo) não sai do chão. A surpresa é Jairo Jorge, do PDT, permanecer no mesmo patamar desde o início da campanha. Se Ciro Gomes crescer bem e chegar no segundo turno, pode turbinar a candidatura do ex-prefeito de Canoas.

    Os futuristas

    A Bolsa subiu e o dólar caiu APÓS a notícia do ataque a Jair Bolsonaro. Estes mercados trabalham como jogo de xadrez, antecipam movimentos futuros. Na leitura deles, a faca é ruim para a esquerda.

    Formatura Senar

    Quatro novas turmas do Programa Jovem Aprendiz terão início dia 10/09, em Vacaria, num total de 120 alunos. Promovido pelo SENAR-RS, o programa terá como foco a capacitação em fruticultura por meio de conteúdos práticos e teóricos, desenvolvidos em 960 horas. Serão 480 horas de teoria e outras 480 horas de aulas práticas em empresas rurais de Vacaria – voltadas à produção de maçã. O programa tem duração de um ano e, após a conclusão, eles já estão aptos a trabalhar nas propriedades, onde é grande a demanda de mão de obra qualificada.

    Jornal do Comércio

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