• Humor judaico (*)

    Publicado por: • 28 set • Publicado em: A Vida como ela foi

    Maurício era um famoso colecionador de latinhas de cerveja “dreck” (**) como sua esposa Esther chama. Ele iniciou sua coleção antes de se casar e hoje sua casa está transbordando milhares e milhares de latinhas. Certa noite, quando o casal se preparava para deitar, Maurício comenta:

    – Eu estive pensando, Esther. Quando eu morrer, eu gostaria que fizesses uma coisa por mim.

    – Mas que ideia mais absurda – queixou-se Esther.

    – Eu gostaria que você vendesse toda a minha coleção, as latinhas que juntei ao longo de 55 anos. Você promete fazer isso?

    – Mas por que você quer que eu venda seu lixo? – questiona Esther. – Você sempre me disse como essa coleção é preciosa para você.

    – Claro que é. Mas, quando eu morrer, sem dúvida você vai começar a procurar homem, e provavelmente continuar morando na mesma casa. E eu não quero que nenhum shmock (***) fique se exibindo e manuseando com suas mãos sujas minhas latinhas!

    – Mas, Maurício o que faz você pensar que eu irei casar de novo com outro shmock?

    (*) Extraído do livro de mesmo nome de Davi Castiel Menda.

    (**) Lixo

    (***) Estúpido

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  • Um fio de esperança

    Publicado por: • 27 set • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Depois de todo o auê iniciado com a carta aberta de Fernando Henrique Cardoso e tentativa frustrada do jurista Miguel Reale Jr. de um esforço concentrado para estimular o voto em Geraldo Alckmin, as pesquisas seguem dando a dupla do barulho direto no segundo turno. Há um fio de esperança que os indecisos e os que votam em Jair Bolsonaro para tirar Fernando Haddad da disputa revertam o voto. Se isso acontecer, terá sido a maior reviravolta eleitoral não só brasileira como de todo o mundo.

    De onde veio

    O título remete a um filme de 1954, com John Wayne. Ele faz o papel de um piloto problemático que consegue pousar um avião apesar e todas as suas neuroses. O marcante do filme é a trilha sonora. Assobiada.

    Os aldeões estão inquietos

    Há uma espécie de frenesi pré-eleitoral no ar, mas que não atinge o eleitor comum de voto feito. Quem sente essa coceira é o que sempre chamo de o Grande Diretório Nacional, a camada da população que tem conhecimento instantâneo da realidade brasileira.

    O diretório que murcha

    Nos anos 1980, eu avaliava que o diretório representaria em torno de 10% da população brasileira. Hoje, temo em cravar 5%. No futuro não muito remoto, seremos zero ou perto disso. Pelo menos enquanto não mudarmos radicalmente a educação e a cabeça do chamado povo sem-noção. Que é a esmagadora maioria.

    Se bem que…

    …não faz muito um cientista político me disse que, apesar de sermos poucos, temos a capacidade de conduzir o eleitorado comum. Em suma, seríamos o que eu não gosto de usar, formadores de opinião.

    O macaco tá certo

    A publicação Financial Times diz que a eleição brasileira é “cenário de pesadelo” e que a polarização esquerda-direita poderia condenar o Brasil a mais quatro anos de “lutas políticas terríveis”. Não se pode dizer que seja uma avaliação incorreta.

    O reconhecimento do BRDE

    O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), representado por seu diretor de Planejamento e Financeiro, Luiz Corrêa Noronha, participou, nesta quarta-feira (26/09), do evento “SDGs in Brazil – The role of the private sector” (ODS no Brasil – o papel do setor privado), em Nova York.

    Foto Divulgação BRDE - LUIZ CORREA NORONHA (1)

    Noronha relatou a experiência do Programa BRDE PCS – Produção e Consumo Sustentáveis, selecionado como caso exemplar de sustentabilidade no setor financeiro brasileiro pela Rede Brasil do Pacto Global da ONU, em parceria com o Observatório Mundial e a PwC, organizadores do encontro. “A escolha do BRDE é um reconhecimento dos resultados alcançados pelo Programa BRDE PCS desde 2015. Mais do que demonstrar total alinhamento e engajamento do Banco com os ODS, o BRDE hoje tem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no centro de suas operações, como parte integrante do próprio negócio”, afirmou.

    Ele destacou também a credibilidade da seleção, realizada com participação da PwC na análise dos cases e informa que será lançada uma publicação reunindo todas as experiências brasileiras tidas como referências para o setor privado. O encontro do Pacto Global ocorre dois dias após a Conferência dos Líderes do Pacto Global da ONU, em paralelo à 73ª Sessão da Assembleia Geral da ONU.

    Se

    Se Fernando Haddad vencer as eleições, Lula ficará no poder por mais quatro anos, totalizando 16 anos.

    Correção

    Na nota publicada ontem sobre a relação entre abertura de novas empresas no Rio Grande do Sul em relação à média nacional, o período correto é “entre 2002 e 2016”.

    Os extremos I

    Extraído do blog Chumbo Gordo do jornalista Carlos Brickmann: “O caminho (que pena!) parece traçado. Vamos ter de escolher entre um candidato de porta de cadeia e um de porta de quartel. Um candidato que se opõe aos esquerdistas, mas apoiou as candidaturas presidenciais de Lula e de Dilma, ou o que diz que o candidato a presidir de fato o país é outro, mas a chapa está em nome dele. Um que cita com saudades um campeão da tortura, outro que cita com saudades os campeões da roubalheira”.

    “Um candidato não tem programa de governo. Seria difícil. Em toda a sua vida, foi estatizante, nacionalista, antiliberal, mas entregou seu projeto econômico a um pregador do liberalismo. O outro candidato tem programa de governo – o que é pior”.

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  • O que sabemos é uma gota, o que ignoramos é um oceano.

    • Isaac Newton •

  • O comício fatal

    Publicado por: • 27 set • Publicado em: A Vida como ela foi

    Dono de um prestígio sem precedentes na sua cidade nos anos 1950, localizada na região da Campanha do Rio Grande do Sul, um pacato cidadão foi instado a concorrer na eleição para prefeito. Seria fácil como tirar pirulito de criança, garantiram os impulsionadores. O homem era presidente de todos os clubes de serviço, clube de futebol. Qualquer que fosse a agremiação, o bom homem estava lá, sempre carregado nos ombros do povo.

    Ele relutou muito e só aceitou depois que sua mulher deu uma prensa federal, tímido que era. Ninguém tinha dúvidas, ele seria o prefeito mais votado da história do município e quiçá do estado. Marcaram o comício de abertura da campanha. No dia aprazado, a praça estava lotada de gente para assistir ao comício. No palanque, o candidato suava em bicas. Quando anunciaram que ele falaria vieram aplausos antecipados. Depois, silêncio absoluto.

    Só que sobreveio o imponderável. O homem era tão tímido que entrou em pânico. Não saía nenhum som da boca. O maxilar inferior tremia como vara verde. Passaram-se segundos que pareceram uma eternidade. Vendo que desse mato não sairia coelho, a mulher do candidato tirou o microfone da sua mão e gritou a mensagem amplificada pelos alto-falantes.

    – Meu povo, eu vou falar porque meu marido não é de nada!

    Naqueles tempos, a expressão significava outra coisa, bem pior. Tinha a ver com sexo. O resultado da eleição? Adivinhem.

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  • De metros a milímetros

    Publicado por: • 26 set • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    De dois ou três dias para cá um raciocínio novo vem se apossando de corações e mentes, especialmente estas últimas porque mais analíticas são. Jair Bolsonaro avança milímetros em relação aos saltos anteriores enquanto Fernando Haddad cresce mais. Dá para dizer que o capitão está a perigo.

    Me engana que eu gosto

    Todas as pesquisas indicam que Bolsonaro perderia para o candidato petista no segundo turno, perderia até para Geraldo Alckmin. Ora, se diante disso tudo e ainda levando em conta que ele tem em torno de 40% de rejeição, é claro que o panorama visto da ponte não é exatamente risonho e franco mais adiante.

    E tem mais

    É bem possível que parcela das intenções de voto atribuídas a Bolsonaro sejam de antipetistas, na base do “qualquer um menos um deles”. Somando-se a essa salada o fato de que um porcentual considerável ainda não decidiu seu voto, e que estão esperando a hora final para se decidir, o segundo turno fica bem nebuloso. E se Fernando Haddad quiser largar foguetes, é bom esperar mais um pouco.

    As migrações

    Essa massa de indecisos e até parte dos brancos e nulos pode dar uma turbinada em Ciro Gomes ou em Geraldo Alckmin, não necessariamente nesta ordem. Motivo: quem vota em Haddad já anunciou seu voto. Vamos chamar essa camada de desiludidos, mas não desiludidos radicais. Em resumo, o quadro polarizado pode se alterar drasticamente. Pode.

    Considerações do “se”

    Com exceção do Rio de Janeiro, o Rio Grande do Sul foi a unidade da Federação que menos empresas criou entre 2002 e 2006, com acréscimo de apenas 40,6% contra 60,2% da média nacional. Os números foram apresentados pelo presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado (FCDL), Vitor Hugo Koch. Seriam 345 mil empregos se estivéssemos na média nacional.

    A falta que eles fazem

    Embora não se possa modificar o passado, cujo presente é “se”. Com base nos mesmos números, extraídos do RAIS do Ministério do Trabalho, o aumento do número de empresas representaria R$ 3,8 bilhões em impostos, que diminuiria em 56% o déficit previsto para 2018.

    Conexões de negócios

    Os dados foram apresentados no programa Conexões de Negócios do Jornal do Comércio, que publica na edição de hoje matéria sobre o evento. Participaram do debate também Sebastião Ventura (Federasul) e Paulo Kruse (Sindilojas Porto Alegre).

    Leia

    José Gregori ex-ministro Direitos Humanos de Fenando Henrique Cardoso deu longa entrevista ao Valor Econômico. Muito interessante. Não para se concordar com todas as suas teses, mas dá o que pensar: http://ow.ly/Ispx30lYlc5.

    Jornal do Comércio

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