Publicado por: Fernando Albrecht • 26 out • Publicado em: Caso do Dia, Notas •
O maior eleitorado de domingo será a Sofia, Aquela da Escolha. Não tem como ela deixar de se angustiar.
Contra o relógio
Depois das pesquisas de ontem, cabe a pergunta: será que dá tempo? No caso nacional, Jair Bolsonaro viu a diferença com Fernando Haddad cair de 18 pontos para 12. Considerando-se que a última Datafolha foi realizada há uma semana, se tanto, o candidato do PSL tem mais é que abrir o olho.
Fator crucial
É relativamente comum um candidato que está lá em cima começar a perder terreno quando se aproxima o dia da eleição, assim como obviamente é comum o concorrente crescer na parada. No Rio Grande do Sul, tivemos um caso desses, quando Germano Rigotto tentou a reeleição. Nos últimos dias, começou a ganhar terreno e, se a campanha durasse mais alguns dias, ele venceria o petista. Situação, por sinal, admitida por petistas históricos em off.
O gringo torce…
Fico um pouco intrigado é com a situação do Rio Grande do Sul. José Ivo Sartori, do PMDB, tenta algo que nunca aconteceu, a reeleição de um governador. Mas para quem levou bordoada noite e dia sim e outro também, é uma façanha não só chegar no segundo turno como ter os índices de intenção de voto que tem. Ao contrário do futebol, política tem lógica e, pela minha, Sartori deveria chegar mais perto do que está de Eduardo Leite (PSDB).
…pelos bolsões do Interior
As pesquisas para o Senado naufragaram estrondosamente na eleição para o Senado. O Interior é sempre um perigo, o candidato vai bem, mas os institutos não contaram com a astúcia interiorana. Resultado que derrotou José Fogaça (PMDDB) – que ponteava as pesquisas; e impulsionou a ascensão do deputado Luiz Carlos Heinze (PP), que venceu a disputa.
Esqueceram dele
No caso dele ignoraram os bolsões, achando que o estado inteiro era farinha do mesmo saco. Fogaça é muito conhecido na Capital. Foi prefeito, foi um bom deputado e, certamente, seria um bom senador. Mas deu quem? O candidato que nasceu na Fronteira Oeste, cuja família tem negócios na agropecuária e, detalhe, ele sempre defendeu o agronegócio. Para esse mundaréu de gente interiorana, Fogaça era e é um ilustre desconhecido, em termos.
Pernambucana alemã
As Casas Pernambucanas voltam ao Rio Grande do Sul. Foi uma das mais conhecidas redes nacionais de lojas de tecidos dos anos 1950 até meados dos 1970. Não havia cidade que não tivesse uma. Seu jingle era cantarolado por todas (Quem bate?/É o friiio…) na véspera do inverno. O curioso é que, embora a empresa fosse de Pernambuco, a família que controlava a rede chamava-se Lungren, de origem alemã. Aliás, a razão social era Lundgren Irmãos Tecidos S.A. Anos depois, a família se dividiu em três.
O mar em Gramado
Deu na coluna de Marta Sfredo na ZH: A construção de uma unidade da Seaquarium em Gramado ganhou um tanque extra de oxigênio. O Ministério do Turismo concedeu ao projeto o selo +Turismo, uma espécie de chancela à construção de um grande aquário turístico no município da Serra. O efeito prático é que a obra, orçada em R$ 115 milhões, ganha prioridade na análise e na contratação de financiamento no BNDES. É um velho sonho do leitor Reni Puls.
Doutor Dinarte…
Depois de 26 anos como garçom do Bar do Beto, histórico bar-restaurante da avenida Venâncio Aires, meu amigo Dinarte Valentini se despediu da casa com grande festa que varou a madrugada. Dinarte, o garçom que mais conhece gente em Porto Alegre e o garçom que os porto-alegrenses mais conhecem, abraçou de vez a carreira advocatícia, que já exercia simultaneamente há oito anos.
…de Doutor Ricardo
Nascido no município de Doutor Ricardo, no Vale do Taquari (RS), Dinarte parecia mesmo predestinado a ser doutor. Trabalhou na roça e depois ganhou Porto Alegre, que por sua vez o ganhou também. Meu amigo de longa data, o ex-garçom era daqueles profissionais que ia além do dever, não só com dicas e sugestões de pratos, mas também tinha ouvidos atentos e boca sincera, se alguém quisesse desabafar. Obrigado, doutor, e sucesso.
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