• A Zona da Mata

    Publicado por: • 29 out • Publicado em: A Vida como ela foi

    Antes do advento da informatização e de comunicações poucas e falhas, o resultado das eleições demorava dias e, dependendo do ano, chegava a semanas até que todos os votos fossem escrutinados. Além de poucas estradas asfaltadas, as urnas de zonas eleitorais nas bibocas levavam um tempão para chegar ao juiz eleitoral da cidade e aos TREs. E se fosse eleição apertada, a expectativa era cada vez maior.

    Já contei aqui que fui contador de votos (físicos, de papel). A apuração se dava nos Armazéns do Cais do Porto de Porto Alegre, espaçosos o suficiente para abrigar as urnas e as cédulas delas nascidas. A estes recônditos a população e políticos chamavam de “zona da mata”, que era uma definição nacional. Parece-me que a origem da expressão é mineira, nos anos 1950.

    No dia seguinte à abertura das urnas, os jornais faziam manchetes com as tais letras garrafais “As urnas falaram!” com exclamação e tudo; dias depois se usava “Falta a zona da mata” e derivações. Vi muito candidato –deputados estaduais e federais ganhar ou perder por causa dessa mata, especialmente quando o candidato não recebia votos pinga-pinga em todo o estado.

    Hoje, todos os votos de qualquer região são computados em poucas horas, mas ainda há quem acredite que a zona da mata pode mudar a eleição.

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  • Vazamentos I

    Publicado por: • 28 out • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Virou moda.Considerado o maior vazamento de dados da história da aviação comercial, vazamento de informações  dos cartões de crédito, afetou cerca de 9,4 milhões de passageiros da Cathay Pacific. A falha grave só virou capa de diversos websites internacionais ao redor do mundo na quinta-feira (26), embora a descoberta tenha acontecido há sete meses, no mês de março de 2018.

    Vazamentos II

    De acordo com a agência Reuters, a companhia informou que houve uma falha em seu sistema de segurança, o que acabou revelando nome de passageiros, nacionalidade, datas de nascimento, números de telefone, endereços de email, endereços residenciais, números de passaportes, números de identidade, números dos programas de fidelidade e informações do histórico de viagens de cerca de 9,4 milhões de passageiros.

    Jornal do Comércio

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  • Serviço de primeira

    Publicado por: • 27 out • Publicado em: Sem categoria

    A digitalização de 28 milhões de arquivos da Junta Comercial chamou a atenção dos convidados do Tá na Mesa, de ontem. Segundo a presidente da Federasul, Simone Leite, o case da JucisRS mostra exatamente o que os negócios precisam: eficiência e bons serviços. “Quando se quer, é possível”, comentou Simone. O presidente da JucisRS, Itacir Flores, aduziu que já está previsto o uso da Inteligência Artificial nos processos do órgão.

    Cão amigo

    IMG_20181005_140841502_HDREm condições normais de temperatura avisos afixados em pequenos espaços verdes pedem que o dono impeça que seu pet faça necessidades no local, mas este pensou diferente.

    Jaguatirica

    jaguatirica

    Se tem placa amigável para cão, a alegria mais recente é do Gramadozoo, que registrou o inédito nascimento de um filhote de jaguatirica. O parque recebeu dois machos em dezembro do ano passado. Os felinos foram colocados no recinto com uma fêmea que vivia no parque.

    Jornal do Comércio

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  • Eleitor nº1

    Publicado por: • 26 out • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    O maior eleitorado de domingo será a Sofia, Aquela da Escolha. Não tem como ela deixar de se angustiar.

    Contra o relógio

    Depois das pesquisas de ontem, cabe a pergunta: será que dá tempo? No caso nacional, Jair Bolsonaro viu a diferença com Fernando Haddad cair de 18 pontos para 12. Considerando-se que a última Datafolha foi realizada há uma semana, se tanto, o candidato do PSL tem mais é que abrir o olho.

    Fator crucial

    É relativamente comum um candidato que está lá em cima começar a perder terreno quando se aproxima o dia da eleição, assim como obviamente é comum o concorrente crescer na parada. No Rio Grande do Sul, tivemos um caso desses, quando Germano Rigotto tentou a reeleição. Nos últimos dias, começou a ganhar terreno e, se a campanha durasse mais alguns dias, ele venceria o petista. Situação, por sinal, admitida por petistas históricos em off.

    O gringo torce…

    Fico um pouco intrigado é com a situação do Rio Grande do Sul. José Ivo Sartori, do PMDB, tenta algo que nunca aconteceu, a reeleição de um governador. Mas para quem levou bordoada noite e dia sim e outro também, é uma façanha não só chegar no segundo turno como ter os índices de intenção de voto que tem. Ao contrário do futebol, política tem lógica e, pela minha, Sartori deveria chegar mais perto do que está de Eduardo Leite (PSDB).

    …pelos bolsões do Interior

    As pesquisas para o Senado naufragaram estrondosamente na eleição para o Senado. O Interior é sempre um perigo, o candidato vai bem, mas os institutos não contaram com a astúcia interiorana. Resultado que derrotou José Fogaça (PMDDB) – que ponteava as pesquisas; e impulsionou a ascensão do deputado Luiz Carlos Heinze (PP), que venceu a disputa.

    Esqueceram dele

    No caso dele ignoraram os bolsões, achando que o estado inteiro era farinha do mesmo saco. Fogaça é muito conhecido na Capital. Foi prefeito, foi um bom deputado e, certamente, seria um bom senador. Mas deu quem? O candidato que nasceu na Fronteira Oeste, cuja família tem negócios na agropecuária e, detalhe, ele sempre defendeu o agronegócio. Para esse mundaréu de gente interiorana, Fogaça era e é um ilustre desconhecido, em termos.

    Pernambucana alemã

    As Casas Pernambucanas voltam ao Rio Grande do Sul. Foi uma das mais conhecidas redes nacionais de lojas de tecidos dos anos 1950 até meados dos 1970. Não havia cidade que não tivesse uma. Seu jingle era cantarolado por todas (Quem bate?/É o friiio…) na véspera do inverno. O curioso é que, embora a empresa fosse de Pernambuco, a família que controlava a rede chamava-se Lungren, de origem alemã. Aliás, a razão social era Lundgren Irmãos Tecidos S.A. Anos depois, a família se dividiu em três.

    O mar em Gramado

    Deu na coluna de Marta Sfredo na ZH:  A construção de uma unidade da Seaquarium em Gramado ganhou um tanque extra de oxigênio. O Ministério do Turismo concedeu ao projeto o selo +Turismo, uma espécie de chancela à construção de um grande aquário turístico no município da Serra. O efeito prático é que a obra, orçada em R$ 115 milhões, ganha prioridade na análise e na contratação de financiamento no BNDES. É um velho sonho do leitor Reni Puls.

    Doutor Dinarte…

    Depois de 26 anos como garçom do Bar do Beto, histórico bar-restaurante da avenida Venâncio Aires, meu amigo Dinarte Valentini se despediu da casa com grande festa que varou a madrugada. Dinarte, o garçom que mais conhece gente em Porto Alegre e o garçom que os porto-alegrenses mais conhecem, abraçou de vez a carreira advocatícia, que já exercia simultaneamente há oito anos.

    fernando albrecht e dinarte

    …de Doutor Ricardo

    Nascido no município de Doutor Ricardo, no Vale do Taquari (RS), Dinarte parecia mesmo predestinado a ser doutor. Trabalhou na roça e depois ganhou Porto Alegre, que por sua vez o ganhou também. Meu amigo de longa data, o ex-garçom era daqueles profissionais que ia além do dever, não só com dicas e sugestões de pratos, mas também tinha ouvidos atentos e boca sincera, se alguém quisesse desabafar. Obrigado, doutor, e sucesso.

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  • Restam-nos hoje, no silêncio hostil, o mar universal e a saudade.

    • Fernando Pessoa •