• As razões do duque

    Publicado por: • 21 jan • Publicado em: A Vida como ela foi

    Um duque inglês solteirão nos anos 1950, ainda jovem, corpo malhado, cabelos grisalhos, bonitão, seria um aristocrata perfeito não fosse por um detalhe – ele não era casado e nem mesmo se conhecia alguma mulher que tivesse passado por sua vida. Discretas investigações mostraram que ele também não era gay e não tinha qualquer problema de saúde.

    Durante um five o’clock tea depois de ter bebido um chá batizado com generosa dose de um bom brandy, uma dama da alta sociedade tomou coragem e perguntou a ele porque nunca havia se casado e nem mesmo namorada ou amante tivera. Com o dedo mindinho levantado levou a xícara à boca e foi direto ao assunto.

    – Mulheres…

    Sorveu o chá.

    – A posição é ridícula, o prazer é efêmero e o custo, incomensurável.

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  • O teste da maçã

    Publicado por: • 21 jan • Publicado em: Caso do Dia

    Estou pensando em fazer uma degustação às cegas. Com os olhos vendados, os jurados provarão um pedaço de maçã vendida nas boas casas do ramo e outro de isopor. No final se perguntará qual tem o melhor sabor. A maioria dirá que é o isopor.

    Desaparecimentos

    Quando uma marca de produto desaparece em Porto Alegre, desaparece mesmo. Uso o desodorante Bio, que não mancha a roupa, e não o encontro mais. Nem na Raia, nem na Panvel, nem no Zaffari.

    Momento consumista

    Ser consumidor é sofrer uma decepção atrás da outra.

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  • O resgate

    Publicado por: • 21 jan • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Meio dia, sexta-feira. Caminho pela Rua da Praia, nas imediações do Zaffari, quando um sujeito troncudo mas zero aparência de morador de rua emparelha comigo e diz:

    – Já leste o livro O Resgate? Muita gente não leu e se ferrou.

    Ameaça, birutice? Saberei quando pedirem o meu.

    O tríplex…

    Os jornais gaúchos têm um conceito estranho sobre o que vem a ser um prédio luxuoso. No final de semana, saiu uma nota dando conta que a Polícia prendeu, em Santa Cruz do Sul, um homem de 35 anos que fazia a contabilidade de uma quadrilha de traficantes “e morava num tríplex avaliado em R$ 1 milhão”. Vamos combinar uma coisa. Um milhão em três andares dá R$ 333 mil por andar, é quase o valor de um apartamento do Minha Casa, Minha Vida.

    …a suíte

    A metragem total provavelmente não deve ultrapassar 70 m2. Ah, dirão, mas tinha piscina e banheira com hidromassagem. Neste caso, a tal banheira deveria ocupar um andar inteiro. Nesses apartamentos minúsculos, que estão construindo, tem que entrar com muito sono no quarto de casal. Perdão, “suíte”. Não esqueçam que, em muitos, o que antes se chamava de quarto da empregada também virou “suíte”.

    …e sardinhas

    Outra coisa nestes pequenos apartamentos em que tem que entrar de lado e se esgueirar nas peças: biblioteca nem pensar. Se botar em prateleira não cabe mais que meia dúzia de livros. E dos fininhos. Ah, é tendência, dizem os corretores. Claro que é. Tendência de virar sardinha em lata.

    Eternamente condenados

    Não sei porque as gentes se horrorizam tanto com a baixa qualidade dos nossos parlamentares. É o retrato fiel da sociedade brasileira, ora, e como tal tem gente boa, safados, ladrões, gente de respeito, pessoas acima da média, gênios, idiotas, malucos, sem-noção. E à pergunta que sempre fazem “Mas onde vamos parar?”. Vamos parar onde este país vai parar. Não vai parar, já parou, deitado eternamente em berço esplêndido. O Brasil resiste à qualificação. Não é pessimismo. É constatação.

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  • Palestras

    Publicado por: • 21 jan • Publicado em: Notas

    “A arte de contar histórias” e “a capacidade dos livros de mudar o mundo” são os temas centrais das palestras de Vitor Bertini. Informações podem ser obtidas em seu site ou pelo email: bertini.palestras@gmail.com.

    Justiça

    Visite o site do TJRS www.tjrs.jus.br  e a página no Facebook www.facebook.com/tjrsnoticias e siga o @tjrsnoticias no Twitter.

    Jornal do Comércio

    Leia e assine o JC clicando aqui.

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  • Não entendi

    Publicado por: • 20 jan • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Eu não entendo os boletins da Emater RS. Vejam o início da matéria sobre o arroz que enviado ontem:

    Arroz apresenta adequado desenvolvimento e condição fitossanitária boa

    Para a cultura do arroz, predomina no Estado a fase de desenvolvimento vegetativo com 68% das lavouras e 25% em floração. A cultura apresenta desenvolvimento normal e adequado, além de condição fitossanitária boa. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar, nesta quinta-feira (17/01), as lavouras mostram um bom stand de plantas e o vigor também é considerado bom. 

    Só na rabeira da matéria o texto remete às chuvas que afogaram o arroz e a soja na Fronteira Oeste do RS. Como o texto é longo e nem todos leem até o fim, a primeira reação de quem o lê é de exasperação – mas como que eles não sabem que vamos colher UM MILHÂO de toneladas a menos devido às chuvas que inundaram, literalmente, toda a vasta região?

    E não é a primeira vez. Então não foi distração.

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