• O caso da lebre…

    Publicado por: • 18 jan • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Funciona assim: alguém levanta uma lebre com chifres, pé de galinha – em vez de patas – e rabo de pavão envolvendo autoridades dos governos ou de algum pato de plantão, denuncia o acontecido nas redes sociais, com cópia para a imprensa, que pega o caso e faz um estardalhaço de norte a sul. O assunto é analisado pelo MP, Supremo ou outra instância do Judiciário.

     …de chifres

    Ante tão grave denúncia, o MP, Polícia Federal, Supremo ou outra instância qualquer pega o pião na unha. Depois de algumas investigações preliminares, constatam que não existe lebre de chifres, pés de galinha e muito menos com rabo de pavão. Arquiva o caso ou nem dá prosseguimento à denúncia. Apesar disso, meio Brasil acredita nesse Frankenstein lebreiro e até juram que viram uma.

    …pés de galinha

    Tão logo isso ocorra, o criador ou criadores da denúncia bradam aos céus e à mídia, dizendo que o autor da irregularidade tem padrinhos fortes que sepultam qualquer pretensão de apurar o caso, que por si só é prova do mal havido. Então, o autor da denúncia é entrevistado por equipes nos telejornais, que generosamente levam ao ar a lebre de chifres com pés de galinha e rabo de pavão como se verdadeira fosse.

    …e rabo de pavão

    Diante de tão grave denúncia, o leitor/telespectador passa a acreditar em lebre com pés de galinha e rabo de pavão, dizendo que o Brasil é o país da impunidade, mesmo que algum especialista entrevistado diga (bem no fim da matéria) que esse bicho não existe. No Face e outras redes sociais, os crédulos (mais de dois terços da população) desdenham do especialista postando algo na linha “só não contaram para ele que as lebres tem chifre, pé de galinha e rabo de pavão!”

    Nossa missão

    Segundo uma das maiores raposas jornalísticas que conheci, a principal função do jornal é alarmar o povo.

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  • Pijama, chinelo e televisão, em doses altas, representam perigo de morte em vida.

    • Maria Tereza Maldonado •

  • Livros

    Publicado por: • 18 jan • Publicado em: Sem categoria

    “A arte de contar histórias” e “a capacidade dos livros de mudar o mundo” são os temas centrais das palestras de Vitor Bertini. Informações podem ser obtidas em seu site ou pelo email: bertini.palestras@gmail.com.

    Justiça

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    Jornal do Comércio

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  • O olho da Gioconda

    Publicado por: • 17 jan • Publicado em: A Vida como ela foi

    Era um estranho bar. Ficava nas imediações da Usina do Gasômetro, Porto Alegre. Um pé-sujo clássico, desses de mesa de fórmica, dono atrás do balcão vestindo um avental que já viu melhores lavanderias. Cachaça, cerveja, vinho barato e, na prateleira, meia dúzia de garrafas de bebidas diversas cobertas de poeira. Mas os fregueses gostavam mesmo de um pôster esmaecido da Mona Lisa, afixado na parede ao lado do tosco banheiro.

    O detalhe é que não era uma simples reprodução do quadro de Da Vinci. Um dos olhos da La Gioconda estava tapado, como se tivesse um tapa-olho de pirata. Que gênio, murmurava um assíduo cliente, tido pela roda como um intelectual, e como tal, muito respeitado. Era a rebeldia de quem criou essa imagem singular, repetia, uma releitura do clássico italiano, levantando o copo de cuba libre à guisa de saudação. Respeitosamente, a plebe ignara o imitava.

    Um dia, um dos frequentadores estava esperando sua vez de entrar no banheiro, e sem nada a fazer, fixou o olhar no tal pôster. Olho no olho, literalmente. De repente, soltou um berro. Apontou o indicador da mão direita no rosto da enigmática senhora e com o da mão esquerda mirou a roda de amigos. Todos foram ver a razão do espanto.

    Não era um tapa-olho clássico. Eram os restos mortais esparramados de uma barata GG que alguém matara com uma chinelada.

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  • Momento povão

    Publicado por: • 17 jan • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Me dá aí um sanduba com pão dauga, malgalina, queijo, mortandela e ketichupe?

    Mistérios…

    …que a vã filosofia não explica: por que a Caixa realiza uma vez por mês três sorteios semanais da Mega Sena, cujo acumulado no sorteio das terças e quintas dá o mesmo que uma extração normal das quartas? Sem falar nos altos custos de um sorteio, deslocamento de equipe e estrutura para cidades de todo o país.

    Momento religioso

    Era um padre tão esnobe que só batizava os bebês com água mineral Perrier.

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