• Foram tantas as emoções…

    Publicado por: • 18 jan • Publicado em: A Vida como ela foi

    draculaOs falecidos atores Cristopher Lee e Peter Cushing foram responsáveis pelos maiores cagaços que levei na vida, pelo menos nos meus verdes 16 anos. Meu pai tinha uma fiambreria – lembram delas? – na rua Álvaro Chaves, bairro Floresta. Certa noite chuvosa, fria e ventosa, foi ver o filme Drácula, o Príncipe das Trevas, na sessão das 22h. Foi o primeiro de uma longa série de filmes de terror do diretor Roger Cormann.

    O Orfeu ficava a umas seis ou sete quadras da minha casa. Embora proibido para menores de 18 anos, eu era especialista em enganar porteiro. Hoje, o filme não assustaria nem mesmo criancinhas. Mas na época, só o título já dava calafrios. Éramos ingênuos, então.

    Por causa do tempo e do horário tardio, havia poucos espectadores na enorme sala do Orfeu. Já sentei me encolhendo todo. Fechei os olhos várias vezes e em uma delas me perguntei porque diabo eu fui ver um filme de terror noite avançada.

    Então começou o filme de terror propriamente dito. À meia-noite, a Porto Alegre de então não tinha mais bondes ou ônibus. Voltei a pé me encolhendo todo de frio e de medo. E, para piorar, faltou luz. Meu jesus cristinho me tira dessa! Tá escuro, chove, o vento faz úúúú nos telhados, não enxergo nada, estou molhado como cusco de rua, com frio e medo. Se o senhor não puder, por favor, manda meu anjo da guarda. Onde está o cara, justo quando eu mais preciso dele? Se escapar dessa, eu juro que não espio mais a empregada tomando banho!

    Cheguei são e salvo em casa. Minhas calças quase sofreram uma tragédia.

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  • Solidariedade de galo

    Publicado por: • 18 jan • Publicado em: Notas

    Em bairros da periferia cujas moradias com telhado de zinco e outros materiais que aprisionam muito calor, a população dos galos e galinhas sofre até mais que os humanos. Daí que quando um cocorica, os colegas não o imitam, apenas levantam um pé imitando o polegar para cima dos humanos.

    Imagem: Freepik

    Adversidade

    Vocês sabem o que é crueldade? É o que os grandes laboratórios cometem quando interrompem a produção de medicamento de uso continuo. Vejam o caso de um amigo:

    “Que coisa desagradável ter de passar por tudo, de novo. Com o fim da produção do medicamento usava desde 2003 pra tratar a síndrome de Tourette, estou tendo de testar outros fármacos até encontrar o que me seja mais adequado, sem tantas reações adversas”.

    Lei da Chave

    Se você passar a mão no alto dos pneus de carros em estacionamento de tamanho razoável existem grandes chances que o dono tenha colocado as chaves neles.

    Parágrafo único

    Também há fortes chances de encontrar a chave se esmiuçar bem os cantinhos do parachoque e lataria.

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  • O caso da lebre…

    Publicado por: • 18 jan • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Funciona assim: alguém levanta uma lebre com chifres, pé de galinha – em vez de patas – e rabo de pavão envolvendo autoridades dos governos ou de algum pato de plantão, denuncia o acontecido nas redes sociais, com cópia para a imprensa, que pega o caso e faz um estardalhaço de norte a sul. O assunto é analisado pelo MP, Supremo ou outra instância do Judiciário.

     …de chifres

    Ante tão grave denúncia, o MP, Polícia Federal, Supremo ou outra instância qualquer pega o pião na unha. Depois de algumas investigações preliminares, constatam que não existe lebre de chifres, pés de galinha e muito menos com rabo de pavão. Arquiva o caso ou nem dá prosseguimento à denúncia. Apesar disso, meio Brasil acredita nesse Frankenstein lebreiro e até juram que viram uma.

    …pés de galinha

    Tão logo isso ocorra, o criador ou criadores da denúncia bradam aos céus e à mídia, dizendo que o autor da irregularidade tem padrinhos fortes que sepultam qualquer pretensão de apurar o caso, que por si só é prova do mal havido. Então, o autor da denúncia é entrevistado por equipes nos telejornais, que generosamente levam ao ar a lebre de chifres com pés de galinha e rabo de pavão como se verdadeira fosse.

    …e rabo de pavão

    Diante de tão grave denúncia, o leitor/telespectador passa a acreditar em lebre com pés de galinha e rabo de pavão, dizendo que o Brasil é o país da impunidade, mesmo que algum especialista entrevistado diga (bem no fim da matéria) que esse bicho não existe. No Face e outras redes sociais, os crédulos (mais de dois terços da população) desdenham do especialista postando algo na linha “só não contaram para ele que as lebres tem chifre, pé de galinha e rabo de pavão!”

    Nossa missão

    Segundo uma das maiores raposas jornalísticas que conheci, a principal função do jornal é alarmar o povo.

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  • Pijama, chinelo e televisão, em doses altas, representam perigo de morte em vida.

    • Maria Tereza Maldonado •

  • Livros

    Publicado por: • 18 jan • Publicado em: Sem categoria

    “A arte de contar histórias” e “a capacidade dos livros de mudar o mundo” são os temas centrais das palestras de Vitor Bertini. Informações podem ser obtidas em seu site ou pelo email: bertini.palestras@gmail.com.

    Justiça

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    Jornal do Comércio

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