• O poder de uma gravata…

    Publicado por: • 12 mar • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Na abertura da Expodireto, em Não-Me-Toque, um dos eventos mais significativos do Rio Grande do Sul no setor agro, o senador Luiz Carlos Heinze (PP) desfilou com uma gravata com estampa de leitõezinhos para homenagear os suinocultores. O acessório foi elogiado até pelo vice-presidente, general Hamilton Mourão. A imagem mostra também o senador Lasier Martins botando olho grande na gravata de Heinze.

    Foto: Leonardo Vargas 

    …que já foi rainha

    Hoje, com exceção de algumas carreiras de estado, apenas políticos ainda a usam. No Executivo, é comum ver governador sem ela e sem terno, mas os parlamentares ainda usam até porque o protocolo das Casas assim o exige. Ocorre que político adora usá-las, nem precisava o regimento interno. Rainha até o início da década de 2000, aos poucos, as pessoas a abandonaram.

    Fim do macacão

    Na segunda metade dos anos 1990, as caras gravatas de grife com a Hermès adornavam o peito inclusive – e talvez principalmente – dos deputados estaduais gaúchos do PT. Foi nesta época que comecei a desconfiar que, de certa forma, gravata de grife era um instrumento de cooptação e até de conversão. Deu no que deu, se me entendem. Não por ela por si só, mas pelo comportamento dos que a tinham no guarda roupa.

    A falta que ela faz

    Olha aqui uma coisa. Os caras são o vice Hamilton Mourão, o Guedes na Economia e o Moro na Justiça. Eles é que estão carregando o Bolsonaro nas costas. Enquanto o presidente não disciplinar os dedos com quem tuíta, é um salve-se quem puder. É tudo bombeiro. Falta conversa de bar a Bolsonaro.

    OK, Faustão, você venceu

    Um dia triste para mim foi quando a Unisinos anunciou a desativação do seu Coral. Já temos tão poucos e principalmente conjuntos de música erudita.

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  • O segredo de um bom discurso é ter um bom começo, um bom fim e ter ambos o mais perto possível.

    • George Burns •

  • Tiro aos marrecos

    Publicado por: • 11 mar • Publicado em: A Vida como ela foi

    Na semana passada, contei um caso do cantor regionalista Teixeirinha, cujo auge se deu nos anos 1950 e 1960. Também produziu e foi o principal ator de uma dúzia de filmes que fizeram enorme sucesso nas cidades do interior gaúcho e até mesmo no Paraná. Em um deles, Victor Mateus Teixeira teria calculado em 49 o número de marrecos mortos com um só tiro.

    – Por que não dizes logo que foram 50? – indagou sua partner Méri Terezinha. Ele devolveu de bate-pronto:

    – Pensas que eu vou passar por mentiroso só por causa de um marreco?

    É, faz sentido. Nunca se arredonda uma mentira.

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  • Quem influencia quem?

    Publicado por: • 11 mar • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Aparentemente, a imprensa reflete o pensamento da sociedade. Só aparentemente. Nós estamos carecas de saber que não é bem assim, é mais provável que seja o contrário. Mas a imprensa – em todas as suas plataformas – pode mudar o pensamento da sociedade? Pode influenciá-la, sem dúvida, isso antigamente. Hoje tenho minhas dúvidas. A imprensa clássica perdeu muito da importância que já teve. Já nas redes sociais muda de figura.

    A cobra que come seu rabo

    O mais correto seria dizer que a sociedade é quem influencia a imprensa, e também a dramaturgia, as novelas de TV. Programas de auditório nem precisa falar. Resultado: a vulgaridade com atores cometendo frases com a profundidade de uma poça d’água. O povo quer vulgaridade? Dê doses cavalares a ele. As redes só produzem novelas depois de exaustivas pesquisas qualitativas sobre temas que de antemão sabem que agradam o telespectador. Ninguém ousa mais, essa é a tristeza do nosso tempo. Quando ousa, é para amplificar o mau gosto.

    A nau dos insensatos

    As redes sociais estão cheias de pessoas com certezas. Certezas demais, para meu gosto. A juventude sempre achou que sabia tudo mesmo sem saber muita coisa; hoje, ela nem mesmo sabe. País sem leitores e com faculdades cujos professores, em parte, vêm do curso e transformam-se em mestres sem trabalhar um dia só na profissão que escolheram. É a glória. A glória da insensatez. Aí o que você lê? Besteiras e mais besteiras. O brasileiro dito esclarecido nada em um aquário muito pequeno.

    Tiro ao alvo

    Bolsonaro tem toda a artilharia midiática assestando canhões de grosso calibre. No peito ele tem a clássica imagem de tábua de tiro ao alvo. Alguns projeteis são merecidos, outros não. Se essa artilharia toda estivesse à disposição das classes mais baixas e até de altas veríamos esse concurso de artilheiros mais precisos. Seria preciso não apenas uma pesquisa, mas um rastreamento sequencial ao longo de um bom período.

    Chuveiros dourados

    Essa minha dúvida vem de uma observação: o povo, o dito povo, não está se comovendo muito com os estilhaços do golden shower do presidente. Muda se a economia piorar ou continuar patinando. O mais importante: se a inflação subir mais que 4%, como acho que vai, e sem reposição de renda. É bom Bolsonaro abrir bem o olho.

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  • Vale e pena morrer para não ser multado?

    • Jornalista Carlos Brickmann, sobre o fim das lombadas •