• Sem papo

    Publicado por: • 20 mar • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Essa placa localizada em espaço nobre do bairro Moinhos de Vento é das tais que fazem pensar. Olhando mais em baixo lê-se que é brincadeirinha, que tem WIFI sim, mas o recado foi dado: conversem. Não preciso explicar o que acontece com casais em bares, às vezes conversando um com o outro pelo Whats. É o fim da comunicação.

    Aliás…

    …continuo achando que a frase “o meio é a mensagem” de Marshall McLuhan é uma das principais ou a principal frase do século XX. As geringonças eletrônicas dominam nossa vida.

    Opção pelo centro

    O seminário do MDB “O Brasil que saiu das urnas – e as novas perspectivas de representação” reuniu um bom povo no Imbé, no Litoral Norte do RS, no final de semana. Líderes históricos da legenda e expressiva representação de jovens acompanharam o espaço de reflexão sobre o futuro da atuação dos partidos sob os pontos de vista político, econômico e de comunicação.

    O debate foi provocado através de manifestações do economista Gustavo de Moraes, do cientista político Fernando Schüler e do filósofo Luiz Felipe Pondé (por vídeo). Gustavo de Moraes fez um retrospecto da influência da intervenção do Estado na vida das pessoas, e o resultado dessa atuação nos dias atuais. Como alternativa, opinou que o caminho para a recuperação econômica é impulsionar atividades que envolvam a função do Estado nesta primeira metade do século XXI é de ser um facilitador e conduzir o cidadão para uma nova esperança”, finalizou o economista.

    O cientista político Fernando Schüler, que eu particularmente acho excepcional, falou sobre a atuação dos partidos no novo contexto político. Schüler sugeriu que quem tiver liderança no País precisa assumir o papel de condutor do processo da reforma política que, na sua opinião, é um vácuo da vida brasileira. Questionado se a democracia estaria ameaçada, foi taxativo ao negar. Enfatizou que as instituições brasileiras são muito fortes e independentes. “Prova disso é que sobrevivemos ao PT e iremos sobreviver ao Bolsonaro”, criticou.

    Resumo da ópera

    O MDB é uma das tantas siglas que precisa se reconstruir. Melhor, uma reengenharia é vital. Todo o espectro político-partidário do Brasil precisa, independente de uma reforma eleitoral. O que eu temo é o que chamo Efeito Lampedusa, escritor que escreveu O Leopardo, cujo personagem disse ao filho ser preciso mudar tudo para continuar como está.

    Ainda acho que teremos grandes revoluções nas mídias sociais, parte pela acelerada tecnologia que também se renova. O que mais temo, porém, é que partidos, empresas, meios de comunicação optem por não ousar mais. O povo-consumidor que diga o que quer que nós providenciamos, por aí. O povo quer lixo? Dê lixo a reveria para eles, ora.

    Em parte já está acontecendo. Em matéria de inovação é um desastre, vide as novelas da Globo. É a cobra comendo o próprio rabo.

    E daí?

    Porto Alegre teve redução de 61,7% dos homicídios em fevereiro. Não larguem foguetes. Meio mundo da Capital estava nas praias,

    Funcriança

    A campanha da Assembleia Legislativa “Valores que ficam – Destinação do IR ao Funcriança” será lançada hoje às 8h no Salão Júlio de Castilhos da Casa do Povo.

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  • As geringonças eletrônicas regem nossa vida.

    • F. A. •

  • A prisão do delegado

    Publicado por: • 19 mar • Publicado em: A Vida como ela foi

    O Horto Mercado da Quintino teve seus momentos de glória até meados dos anos 1990, quando a família proprietária vendeu o imóvel. Não era mais propriamente um entreposto de frutas, legumes, hortaliças etc. Apenas um arremedo de supermercado, floristas e outras (poucas) operações.

    Mas tinha um bar muito bom, o Box 21, espaço ainda embebido do espírito e dos fantasmas dos falecidos bar-chopes que era o diferencial de Porto Alegre. Turmas ruidosas, lanches e pratos que atraíam forasteiro. Teve vários sócios, às vezes três e às vezes dois até que a grande ceifadeira matou o Box exatamente por falta de segurança jurídica. O bar tinha uma coisa que matou os bar-chopes: estacionamento.

    Entre os vários personagens inesquecíveis figurava um policial, que era chamado de “Delegado de Prisão de Ventre”.

    Nunca tinha prendido ninguém.

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  • As diferenciadas

    Publicado por: • 19 mar • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    O Grande Expediente da Assembleia Legislativa “Empresas que fazem a diferença” dia 20 será dedicado aos 60 anos da Lojas Colombo e 30 da Bigfer. A proposição é da deputada Fran Somensi e inicia às 14h.

    As desaparecidas

    Existem algumas empresas longevas no Rio Grande do Sul que ultrapassam os 100 anos de existência ininterrupta e hoje estão fortes e saudáveis. A característica em comum é que são empresas familiares. Em compensação, tenho visto, ao longo da minha vida, empresas familiares que foram para o brejo justamente por essa condição. Sucessão familiar é um negócio complicado.

    Marcha-a-ré

    Nos anos 1960, boa parte das maiores empresas gaúchas, especialmente as nascidas e criadas em Porto Alegre, morreram por algumas causas perfeitamente detectáveis, entre elas a clássica gestão e, antes dela, a parada no tempo sem que os dirigentes se dessem conta que as coisas mudam, então a concorrência foi em cima por estar antenada com os novos tempos. Tipo “vamos em frente porque atrás tem gente”.

    Enterrados no banco

    Como fui assistente de gerência de um dos maiores bancos gaúchos, tinha aceso ao cadastro – naquele tempo cadastro não era binário como hoje, sim ou não para protestos, execuções etc. Vi coisas de arrepiar, falsos brilhantes que luziam só na aparência, mas por dentro estavam bichadas. Normalmente viviam pendurados em bancos, que à época cobravam juros amigáveis tipo 2% a 3% ao mês, e não o assalto que se paga hoje.

    Passando do limite

    Olavo de Carvalho deitou falação em cima do governo Bolsonaro, ofendeu o presidente em exercício Hamilton Mourão e por foi. Olavo é o oposto da esquerda furiosa brasileira. Se ele acha que governar o Brasil prescinde de composições e alianças ou que de uma penada só se pode desaparelhar o Estado vive num mundo de fantasia. Desejável é, mas na prática a teoria é outra.

    Positivo operante

    A carteira recomendada da Banrisul Corretora já acumula ganho de 20,03% em 2019. Desde a sua criação, em maio de 2016, acumula rentabilidade positiva de 343,53%. A carteira recomendada é uma sugestão de alocação de ativos, elaborada por Analistas de Valores Mobiliários, que tem por finalidade auxiliar os clientes servindo como referência para seus investimentos em renda variável.

    Bafo na nuca

    Mais de mil voos terão que ser desviados no verão europeu que começa em junho mas que já aumenta a demanda antes. O motivo é congestionamento aéreo, responsável pelos atrasos na Europa central, informa a agência espanhola Efe. Em um futuro próximo vai ser pior. A saída? A dor ensina a gemer, a tecnologia sempre acha uma saída quando vem o bafo na nuca.

    Pensando bem…

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