• Computa, computador

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    Publicado por: • 4 jun • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Como dizia o Millôr Fernandes. Um documentário na TV francesa mostrou o primeiro computador, que foi utilizado no Projeto Manhattan, que construiu as duas primeiras bombas atômicas, usadas em Hiroshima e Nagasaki. Fiquei surpreso, porque o primeiro ao que eu soubesse foi o ENIAC, de 1947. Na realidade, o que fez os cálculos da Bomba A não era bem um computador.

    Imagem: Freepik 

    MAS NEM TANTO

    Segundo um artigo de Renato E.M. Sabbatini, cientista biomédico e de computação, funcionava assim: o brilhante físico Richard Feynman (aquele da dupla fenda da física quântica) contratou dezenas de mulheres (geralmente esposas dos cientistas e engenheiros do Projeto Manhattan, pagas com 3/8 do salário de seus maridos) e as colocou em mesas, cada uma com sua calculadora Merchant.

    CALCULADORAS FEMININAS

    Cada bancada de calculadoras era responsável por uma parte do cálculo de um sistema complexo de equações: por exemplo, uma mulher calculava uma raiz quadrada, outra realizava a expansão de uma série etc.  Os resultados de cada bancada eram perfurados em cartões, que eram transportados de bancada para bancada por mensageiras, de acordo com uma programação sequencial. Basicamente, era isso.

    O MILAGRE CHINÊS

    Juntei essas informações com o que vi na TV, que este monstro modulado de Feynman fazia três operações por segundo. Já o computador mais veloz do mundo, chinês, faz 33 trilhões de operações por segundo. Puxa vida! É um 18 seguido de 33 zeros! Vai ser rápido assim na…na…China. Deixa só uns dois dígitos da tua senha pessoal de seis números cair na mão desse monstro, deixa.

    O FUTURO, COMO SERÁ

    Jorge Fernando Krug

    Como será o futuro dos negócios na era digital? O exercício de prever como será os bancos, a economia, o mercado em 2035 foi provocado pelo diretor de TI do Banrisul, Jorge Fernando Krug (foto), que palestrou na reunião-almoço da CIC Caxias do Sul. Blockchain, inteligência artificial, computação quântica e robótica, com o aperfeiçoamento de humanoides, estão no horizonte do cenário das mudanças tecnológicas que estão por vir.

    Foto: Julio Soares/Objetiva

    RELAXE E GOZE

    O impacto nos negócios, segundo Krug, será inevitável. No sistema financeiro, não será diferente. “Apesar de estarmos desenvolvendo e entregando soluções em um ecossistema digital, ainda temos processos tradicionais e uma arquitetura herdada com diferentes níveis de maturidade. Necessitamos evoluir rapidamente as capacidades desse ecossistema digital”, argumentou o diretor do Banrisul.

    MAS NÃO MUITO

    Com o internet banking, explicou, as agências físicas não deixarão de existir totalmente, mas serão cada vez mais de negócios, e menos voltadas para a realização de transações bancárias. O palestrante falou ainda sobre Blockchain, base de dados que guarda um registro de transações permanente e à prova de violação. “É uma tecnologia para uma nova geração de aplicações”, explicou. Bitcoin, de acordo com Krug, foi a primeira aplicação baseada em Blockchain, mas não é a única. “Só em criptomoedas, já temos mais de mil moedas diferentes”, acrescentou.

    O FUTURO, ENFIM

    O diretor de TI do Banrisul, revelou que, além do Blockchain, o que vem pela frente no sistema financeiro brasileiro inclui soluções como pagamentos instantâneos, Open Banking e onboarding digital. “A avalanche tecnológica vai continuar, não podemos permitir que essas ondas de inovação nos cubram. Não basta estar online, é preciso estar onlife”, concluiu.

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  • Quando você estiver com apenas uma mão livre para abrir a porta, a chave estará no bolso oposto.

    • Lei de Assimetrias •

  • O dom da infelicidade

    Publicado por: • 3 jun • Publicado em: A Vida como ela foi

    Na esquina da Rua do Passado com o Beco da Solidão escondem-se causos que murmuram coisas de amores desfeitos na boca como algodão doce. É triste para boa parte da humanidade, se você pensar bem. De verdade, diga-me quantas pessoas das suas relações – incluindo você – tiveram uma vida pródiga, com amor ou amores que fizeram tudo valer a pena e nenhum um estilhaço de solidão a atormentá-las?

    Há cálculos que chegam a 100 bilhões de almas que viveram na Terra desde o aparecimento da raça humana tal como a conhecemos, não mais que 6 ou 7 mil anos e apenas 5,5 mil anos desde a primeira civilização que deixou registros, a dos sumérios. Tirando os sem-noção, para ser bem franco, poucos poderiam dizer que viveram uma vida que nós chamamos de boa e feliz.

    Certamente não foi o caso de um preso que conheci no porão da 8ª DP logo após ele abrir as celas dos colegas para uma fuga em massa. Foi nos idos de 1969, ano em que uma onda de assaltos deixou a cidade em pânico. Alertado por um telefonema que eu não deveria ouvir, mas ouvi, na sala do Plantão da Polícia Judiciária, fui na viatura da ZH rumo à avenida Protásio Alves.

    Em lá chegando, entrei direto para os fundos do prédio, segundos antes de passarem o cadeado no portão para evitar a entrada de bisbilhoteiros como eu. Deparei-me do lado de dentro de uma das celas com um sujeito magro, faces crestadas pelos elementos e pelo sofrimento. Mas o que houve? Por que não fugiste como os outros?

    Até hoje recordo a cara de infelicidade dele, que chegava a ser sólida ao toque. Por bom comportamento, os policiais o encarregaram da limpeza das celas e, para isso, ele tinha a chave-mestra. Então os bandidos primeira-linha pediram que ele “perdesse a chave”. O resto dá para imaginar. Só que em vez de levá-lo junto, trancaram-no em uma cela.

    Imagina a recepção que teve dos tiras quando descobriram como se deu a fuga. O pior é que nem lembro do nome dele. Pensado bem, talvez seja melhor ter esquecido.

    Um fantasma sem nome é melhor do que um com nome e sobrenome.

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  • O passado vem à tona

    Publicado por: • 3 jun • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    O gasto das famílias despencou no primeiro trimestre deste ano, um dos fatores que determinou o pibinho de apenas 0,6%. A inflação derrubou os gastos. Por enquanto, o emprego segue firme, mas o temor é de que logo adiante ele sofra as consequências da economia fraca. Não tem como escapar desta realidade.

    Publiquei essa nota dia 31 de maio de 2013.  Não precisei de bola de cristal para saber o que viria pela frente.

    DE MAL A PIOR

    Nós sabemos que o ensino fundamental é uma droga – salvando as exceções – também sabemos que a culpa não é necessariamente dos mestres e que o sistema como ele é concebido está defasado. Nós, o Congresso, o Governo, estamos carecas de saber dessa dura realidade. E o que se faz?

    RADIOGRAFIAS

    Todos os problemas brasileiros já foram exaustivamente radiografados, especialmente a educação. Temos pilhas físicas e virtuais sobre as mazelas do ensino brasileiro, toneladas de avaliações sobre erros do passado e erros do presente. E o que fazemos?

    REUNIÕES

    O Brasil é o país das reuniões. Quando você vê um grupo de cães sem dono na rua pode ter certeza que estão fazendo uma reunião. Caso exista um número regular de árvores no entorno do seu prédio ou casa em Porto Alegre, ouvirá pelo menos duas vezes por dia papagaios alvoroçados fazendo…reunião. Assim como os humanos nas empresas em que trabalham ou comandam, a reunião só serve para marcar outra reunião que, ao fim e ao cabo, só resolve questões menores. Lantejoulas ao vento. O busilis da questão é outra.

    FALTA DE LEITURA

    Se até mesmo os adultos de boas posses estão lendo cada vez menos por alegada falta de tempo, por que a criançada teria apego a um bom livro de histórias? Ela está muito ocupada comendo fast food – porcaria –  para parar de encher o saco da mãe e ver programas idiotas na TV. Do lado de fora da casa, sempre há chance de aparecer um vendedor de fuminho ou comprimido. Chama-se isso criar demanda. Não só futura, presente principalmente. Se não for nada disso. Elas estão fuçando em outra coisa.

    NO CELULAR

    É um Doctor Jekyll que vira Mr. Hyde. Como toda descoberta que ajuda a humanidade, traz no seu DNA os germes da destruição. Isso é mais antigo que homem fazer xixi pra frente. Enfim. O ensino fundamental prepara mal, o ensino médio está entregue à indústria do ensino e o superior colhe esses analfabetos funcionais que se transformarão em…analfabetos funcionais na carreira que escolherem. Incluindo o jornalismo. Quem ganha essa guerra?

    A ELITE

    Pais preparados, filhos preparados. Chegam às profissões escolhidas com uma razoável bagagem cultural e serão bem-sucedidos na vida profissional, na grande maioria. O diabo sempre faz cocô no monte mais alto. Quer dizer o seguinte: em vez de diminuir o fosso entre os que sabem e os que não sabem, a internet só o amplia. No momento, na largura da foz do Rio Amazonas.

    CONCLUSÃO

    De um professor universitário com todos os títulos possíveis, que mal e mal conseguiu dar aula em faculdade de menor porte em alguma região perigo da Transilvânia, sobre os alunos que encontrou: Eu sabia que eles eram burros, mas não tão burros.

    UTILIDADE PÚBLICA

    O advogado Dr Fernando Malheiros Filho palestrará no Grupo de Estudos de Direito de Família, na próxima terça-feira, dia 4 de junho, a partir das 12h, sobre “Visão sistêmica das últimas decisões dos Tribunais Superiores do Direito de Família”, na sede do instituto.

    FOTOS E RELATO NEVASCA DE 1965

    Veja quando Porto Alegre ficou branca:  www.escritorcfvogt.blogspot.com.br.

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  • Você vai chegar ao telefone exatamente a tempo de ouvir quando desligam.

    • Lei da Vingança das Coisas •