Publicado por: Fernando Albrecht • 2 jul • Publicado em: Caso do Dia, Notas •
Estava eu matutando sobre a visita de Donald Trump à Coreia do Sul, a primeira de um presidente norte-americano se excetuarmos a visita de Teddy Roosevelt ao então Império Coreano em 1911, que me pus a pensar. Quem é o vivo dessa história? Respondo Kim Jong-un. Igual a gurizada que faz malabarismos com bastões nas sinaleiras, ele fez malabarismos com seus foguetes com artefatos nucleares, deixando o mundo apreensivo: e se me cai um bastão nuclear? Nas esquinas, um sempre cai.
O PARRUDO DO NORTE
Se caísse o bastão, todo mundo perderia. O que faz seu Trump? Primeiro ameaça, mas no fundo sabe que a América do Norte precisa dar uma enquadrada no guri coreano, mesmo se tiver que dar uma mesada para ele parar de brincar com bombinhas. E lá se foi ele, de fato. Se vai dar ou não saberemos depois, mas por enquanto primeiro as primeiras coisas.
FOGO AMIGO
O presidente Bolsonaro completa seis meses de governo curtindo um baita paradoxo: a oposição de esquerda ainda não se organizou, mas o inimigo é a oposição interna, inclusive e principalmente o próprio governo. E a tal de base aliada. No Brasil de hoje, base aliada frequentemente vira base inimiga. É o caso.
MEU QUERIDO DIÁRIO
Que ainda não tenho, mas deveria ter. Nele eu escreveria sobre minha estranheza sobre o comportamento bursátil, da Bovespa no caso. A economia está capenga e, mesmo assim, a bolsa brasileira tem navegado de vento em popa, excetuando alguns dias em que a procela ameaçava o barco. Mas a tendência era de alta, ainda é. Seu Sydney Nehme, da NGO Correta, diz que em julho o otimismo segue enfunando as velas da bolsa, apesar do governo e seus paradoxos – é isso, doutor Nehme?
A BOLSA E A VIDA
Pois é. Certo, está todo mundo botando os ovos da cesta da Reforma da Previdência como salvadora da pátria, mas não acho que a simples aprovação das novas regras – capengas, por sinal – seriam capazes de gerar toneladas e mais toneladas de investimentos externos. Ocorre-me outra explicação. Lede abaixo.
SÍNDROME DE FHC
Quando Fernando Henrique Cardoso apareceu em rede nacional de rádio e TV para se anunciar que matematicamente ele era presidente – deveria ter sito aritmeticamente, mas não se pode exigir isso de um filósofo – a Bovespa despencou. Fechou o dia em queda de 6,5%. Mesmo eu, que lido com bolsa desde o início de 1970, levei um choque. Mas como? Afastado o perigo Lula e entra um liberal – vocês acham isso ruim?
ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO
Não, não era isso. Há um axioma que explica: a bolsa sobe no boato e cai no fato. Então, sem bola de cristal, mas com cabelos brancos como conselheiros, os poucos que me restam, acredito que depois da Reforma da Previdência ser aprovada a bolsa cai. Recupera depois, mas ao longo do tempo. Cai para a famosa realização de lucros. E que lucros.
COMISSÃO DE FRENTE…
A Comissão do Arroz da Farsul realizou sua segunda reunião em São Sepé, e contou com a presença do presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira. O debate girou em torno do atual quadro da cultura e as definições dos principais temas a serem tratados neste ano.
…DO ARROZ GAÚCHO
Na reunião foi utilizada a análise SWOT, onde são apontadas as principais ameaças, fraquezas, forças e oportunidades. A partir da listagem, foram definidos os três principais assuntos de cada item que serão trabalhados nos próximos encontros. A questão tributária, para o presidente, também merece atenção. “Necessitamos que o Mercosul aconteça em todos os sentidos e, para isso, precisamos equilíbrio de tarifas”, comenta.
O CARINHO QUE FALTA
O coordenador da Comissão do Arroz, Francisco Schardong assim definiu o problema da orizicultura gaúcha: ”O arroz vive um momento delicado, ele precisa de carinho”.
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