• Comunicação

    Publicado por: • 13 jul • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    A Athos Editora está lançando mais um canal de comunicação com seus diferentes públicos: a RÁDIO PRESS, com veiculação via internet, através de redes sociais (Facebook e Youtube) e serviços de podcast como o Spotify.

    O primeiro programa irá ao ar as segundas e quintas-feiras, das 16h às 17h, será apresentado pelo jornalista Julio Ribeiro e se chamará VALVULADOS. A ideia, segundo o diretor Geral da Athos Editora, é reunir convidados com mais de 40 anos, que tenham acompanhado a evolução do mundo analógico para o digital. “Vamos falar de política, economia, futebol, comportamento e contar muitas histórias, contextualizando o noticiário diário do Brasil e do mundo, com muita informação e bom-humor”, salienta Julio Ribeiro.

    A primeira edição do VALVULADOS será veiculada nesta próxima segunda-feira, dia 15.

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  • O mistério do chumbo desaparecido

    Publicado por: • 12 jul • Publicado em: A Vida como ela foi

    O coronel Dudu, que nem coronel era, mas ganhou essa fama, foi escolhido para dar um fim ao sumiço de barras de chumbo usadas pelos linotipos, máquinas de escrever monstruosas que usam chumbo derretido para a composição de letras nas gráficas antigas, no caso da gráfica oficial do RS, a Corag. Ninguém conseguia descobrir o furo da bala, e o Dudu era a última esperança dos mocinhos.

    O nosso bom coronel, um gordo baixinho e careca, mas com um bigode de gradear bosta, uma espécie de detetive Hercule Poirot abatumado, arranchou no prédio da Corag por um mês. Não viu o furo da bala. Pressionado pela comissão do governo que o escolheu, ele já estava quase desistindo.

    O ponto de fusão do chumbo é baixo e os vapores deste metal causam uma doença severa chamada saturnismo. O antídoto usado na época era leite, quem operava as linotipos tinha que tomar dois litros por dia, fornecidos de graça pela gráfica ou pelas empresas jornalísticas. Pois foi bem aí que Dudu foi salvo pelo gongo.

    Certo final de expediente, o coronel Dudu passava pela portaria quando viu um funcionário atrapalhado para bater o ponto e, ao mesmo tempo, segurando dois litros de leite em garrafas de vidro usadas na época. Prestimoso, correu e pegou os dois litros para deixar o funcionário com as mãos livres para bater o ponto.

    – Nããão!!!

    A exclamação saiu da boca do aflito funcionário. Instante depois, Dudu compreendeu. Não conseguiu segurar as garrafas e elas se espatifaram no chão.

    No meio do lençol de leite derramado, viam-se duas reluzentes barras de chumbo.

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  • Pisada lunar

    Publicado por: • 12 jul • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Há 50 anos o homem pisou pela primeira vez na Lua. No total, foram seis pisadas norte-americanas. Curioso que apenas a primeira foi posta em dúvida por alguns lunáticos em dúvida, foi armação da NASA blá blá blá. Tente segurar um segredo deste tamanho – a falsidade do voo – em um grupo de 300 técnicos e engenheiros. Não segura entre três.

    A CALCULADORA ESPACIAL

    Toda a trajetória, a viagem de ida e volta, a órbita, o pouso do módulo lunar na lua, todos esses complicados cálculos foram feitos por um modesto 286, que reinou por breve tempo bem no comecinho da internet. Maravilha, certo? Em termos. Há cerca de mil anos os vikings navegaram suas cascas de noz e desembarcaram em solo americano sem computador, calculadora, mapas náuticos, bússolas magnéticas, astrolábios. Nem mesmo uma luneta.

    AS GRANDES NAVEGAÇÕES

    Mais de 500 anos depois navegadores espanhóis, portugueses e italianos aportaram em quase todos os continentes, levando comida para durar uma semana, depois era charque de rato, sem mapas precisos. A pau e corda levaram um astrolábio, instrumento naval antigo que media o ângulo da altura dos astros em relação ao azimute (horizonte) para saber mais ou menos onde estavam. Mas não mostrava a terra prometida.

    A NAVEGAÇÃO NA INTERNET

    Pouco mais de 600 anos depois, temos tudo isso e mais um monte de recursos. Podemos calcular uma pedra na Lua com precisão de centímetros se tanto. A dor não nos ensinou a gemer. Sem um smartphone na mão, não sabemos nem mesmo dirigir do Aeroporto Salgado Filho para um ponto na Zona Sul de Porto Alegre.

    NÃO PASSOU

    Em retrospecto, a Reforma da Previdência não foi aprovada. Pelo menos eram as previsões de grande número dos coleguinhas e dos seus veículos. É como aquela história da mulher que flagrou o marido pulando cerca. Ele negou com tal veemência que a amante ficou na dúvida, a mulher dele ficou na dúvida e até ele ficou na dúvida se havia se refestelado no combate de Eros. Quer dizer, até eu fiquei na dúvida sobre a votação.

    POGONÓFOROS PLUMITIVOS

    Ah, mas falta muito, ainda tem a segunda votação, tem o Senado, dizem os plumitivos, alguns deles da família dos pogonóforos. De fato, falta. Mas menos do que antes. Bolsonaro pode citar o provérbio árabe com que o colunista Ibrahim Sued, do jornal O Globo terminava sua coluna: os cães ladram e a caravana passa.

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  • É um estranho desejo, desejar o poder e perder a liberdade.

    • Francis Bacon •

  • O talão de gelo

    Publicado por: • 11 jul • Publicado em: A Vida como ela foi

    Golpe por golpe, o melhor que conheço aconteceu em Curitiba nos anos 1960. Era no tempo analógico, nada de controles digitais ou nuvens implacáveis para detectar até uma vírgula fora do lugar. Aconteceu em um escritório de cobranças que tinha convênio com várias redes de varejo. Em vez de pagar na loja, podia-se quitar a prestação neste local, bem acessível. O acerto com os clientes era semanal.

    Havia dois caixas. Um ficava no posto durante o horário comercial e quando saía para almoçar, o reserva ficava no seu lugar para receber os pagamentos. Um dia, bolou um golpe. Conseguiu que uma gráfica clandestina imprimisse cópia exata dos recibos e com a mesma numeração, e os substituiu pelos verdadeiros.

    Mas o talão frio era posto durante o horário do outro. E quem ficava com o dinheiro quente do recibo frio era o caixa reserva.

    Adivinha em quem estourou quando o esquema foi descoberto.

    Imagem: Freepik

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