Arquivo morto
Literalmente. Sem maiores comentários. Por que jogaram
Jair Bolsonaro disse na ONU o que ele sempre quis dizer: nada de arreglo, se quiserem ir para o pau eu topo. Claro que sofre ataques maciços, acredito que mais aqui do que lá fora, mas temos que esperar a poeira sentar. Se é que vai sentar. Vã esperança que ele fosse dar o flanco para tentar minimizar as críticas de quem sempre o odiou e continuará a sentar o sarrafo republicano no seu lombo, sem entrar no mérito.
Nós sempre achamos que o Brasil é o umbigo do mundo e uma fala de um presidente tem o dom de influenciar um senhor chamado Mercado. Descendente direto do avarento Ebenezer Scrooge, do romance de Charles Dickens, este senhor não tem veias e nem coração. Seu negócio é ganhar dinheiro sem dar pelota para sonhos naturebas. A não ser que dê dinheiro. Se alguma preocupação ele tem é com a China.
O economista Sidnei de Moura Nehme, da NGO Corretora, escreveu que as tensões com a China e Estados Unidos estão levando os mercados a um comportamento bipolar. É, pode ser. Uma hora parece tudo azul e, no minuto seguinte, achamos que vivemos no fundo dos infernos. Haja nervos para trabalhar com um cenário maluco como esse.
Se o mundo está à beira de um ataque de nervos, nós brasileiros temos muito a oferecer. Afinal, o Brasil é bipolar há muito tempo. Com a sociedade que tempos, e é o que a casa oferece, vivemos a glória e a esperança para, em seguida, cair no fosso da infelicidade e desesperança. Isso para quem não faz parte dos 70% dos brasileiros que são analfabetos funcionais. Vocês se deram conta disso?
É assertiva conhecida, um arquétipo. Sempre dizemos que não é o governo, não é o Congresso, não são os políticos, é o povo que não leva jeito para despertar o Brasil do berço esplêndido, que não é esplêndido coisa nenhuma. Sim, sim, fazemos uma força danada para melhorar, mas no trajeto somos envoltos por emoções primárias, certamente alimentadas por parte da sociedade fundamentalista, aquela do crê ou morre.
Reúna uma turma de amigos ou parentes e pergunte a eles se o Brasil tem jeito e futuro. Certamente uma ou mais pessoas dirão que não. Engraçado, nós lamentamos que o povo venezuelano seja tão fraco a ponto da oposição ao meio ditador Nicolás Maduro não conseguir nem mesmo se unir e, quando encara, produz um presidente que invadiu seu próprio país e hoje está como a Conceição da música, ninguém sabe, ninguém viu.
A Venezuela é a campeã da ineficiência. Está sentada em cima das maiores reservas de petróleo do mundo e não consegue nem mesmo fornecer papel higiênico para a população, é mole?
O Gramadozoo recebeu 16 animais trazidos pelo Ibama na última semana. Os novos moradores são dez tucanos-toco, quatro quatis, uma iguana e uma jiboia. Os animais foram resgatados e estavam aos cuidados da Associação Mata Ciliar, de Jundiaí, São Paulo. São – ou deveriam ser – bichos felizes. Casa, cama, comida e um doutor para cuidar da saúde sem precisar ter um plano de saúde.
Foto: Halder Ramos/Gramadozoo
De tanto ver a mulherada atracada num baseado, é de estranhar que ainda não haja uma epidemia de batizados Maria Juana.
Não há nenhuma regra que garanta que o mundo tem que dar certo.
O Zeca vivia sendo assaltado, mesmo que naqueles tempos os assaltos se contassem nos dedos. Tinha o que nós chamávamos de carnê de assaltado. Tirou a sorte grande ao contrário.
Alguma coisa no seu jeito de caminhar após horas bebericando o uísque Old Eight na mesa um do Bar e Rotisserie Pelotense – era chamada de A Pelotense. Saía do bar e, no trajeto até o ponto de táxi na Borges de Medeiros, lá vinha o lalau fazer o serviço.
O Zeca era aposentado de alto cargo público. Depois de perder montões de dinheiro, resolveu sair de casa com pouco. O cartão não era massificado naquela época, e nem todos aceitavam cheques. Então sempre tinha que ter algum no bolso para despesas.
Um dia, o Zeca chegou com a cara amassada de sempre para iniciar os trabalhos. Começou a contar a desventura da véspera, tinha sido aliviado do vil metal quando chegou no seu prédio. Nisso entra um sujeito com uma voz grossa que não combinava com sua altura. Olha bem para o Zeca e joga uma carteira de dinheiro na mesa. Brabo, só disse uma frase e se mandou.
– Ô velhote mixuruca! Só tinha dez pilas nessa tua carteira de bosta!
Talvez o Zeca tenha inspirado a música do imortal Paulo Vanzoloini no Praça Clóvis. Ouça: https://www.youtube.com/watch?v=qC3yS6KHtN0
Aumentou consideravelmente número de sem-tetos em Porto Alegre, expansão talvez só suplantada pelo número de pedintes. No primeiro caso, sabemos que uma parte deles fez essa opção, outra fatia entregou-se ao alcoolismo ou às drogas. Uma outra parcela simplesmente desistiu. São dados oficiais que atestam essa heterogeinidade.
Quanto aos pedintes, a situação carece de uma análise que pode chocar muita gente. Há uma parte que literalmente está na pior, verdade, mas outros são pedintes de ocasião. Profissionais, digamos assim. É fácil identificá-los. Basta passar por eles e dar meia volta que a voz chorosa some. Há as crianças, claro, mas também há aluguel de crianças, especialmente no Centro.
O número de pessoas que pedem esmola também aumentou porque os transeuntes ficam com pena e dão dinheiro, especialmente senhoras idosas, incapazes de identificar o malandrão, o profissional, ou quem realmente está na pior. Houve um caso famoso, um cadeirante que ficava na sinaleira da Mostardeiro com a Goethe.
Era um sujeito simpático, sempre de bom humor, diga-se a seu favor. Não gemia ou imitia gemido. Só que no fim do “expediente” ele era levado por um auxiliar para uma Kombi, na qual embarcava e se ia.
Aos poucos, a impressão que a economia está melhorando, embora lentamente, vai se alicerçando quando se observa operações gastronômicas. Caso do restaurante Gambrinus, sábado ao meio-dia. Veja a quantidade de pessoas, todas na fila de espera com a senha para chamada.
Toquinho, o cãozinho cadeirante (foto) que faz o maior sucesso nas redes sociais, foi uma das atrações do lançamento do Programa CastrAÇÃO
O advogado José Cláudio Gravina Fadanelli profere palestra no Grupo de Estudos de Direito de Família do IARGS hoje a partir das 12h, sobre o tema “Planejamento Sucessório: ferramentas e práticas”, no quarto andar do instituto. Aberta aos interessados.
Mais informações: 3224-5788.
Por seu envolvimento em diversas causas de cunho social, a Moove foi a agência convidada pelo movimento Gente Ajudando Gente para desenvolver campanha com o objetivo de sensibilizar as pessoas quanto à importância de atitudes de prevenção ao suicídio, incentivar um olhar mais atento sobre o tema e contribuir para a redução das ocorrências no Rio Grande do Sul.