• O queridinho

    Publicado por: • 8 nov • Publicado em: A Vida como ela foi

    Essa história de carro pegar fogo já foi muito pior. Nos tempos do carburador era comum, especialmente em motores refrigerados a ar. Caso do Fusca e da Kombi, principalmente essa. Como o tanque de combustível ficava perto do cofre do motor, um superaquecimento bastava. A Kombi é um paradoxo. Como não tinha quase nada de proteção frontal, era chamada de “Jesus me chama”. Mas deixou saudade. Pela mecânica simples, ela é quase imorrível. Ferndinand Porsche sabia o que fazia.

    Outro carro imorrível era o DKW Auto Union. Foi o pioneiro do motor de três cilindros, não é invenção atual. Como era motor de dois tempos não tinha válvulas, daí que só tinha sete peças móveis, então, a manutenção era simples e barata.

    Era gastador e poluente – parte da mistura ar–gasolina saía direto pela descarga – mas de uma simplicidade atroz. O ronco era um fiasco. Como a transmissão era do tipo roda livre, bastava tirar o pé e ele ficava como se estivesse no neutro, ou ponto morto no jargão da época. Vantagem? Com alguma prática, dava para trocar as marchas sem pisar na embreagem.

    O sedã Aero Willys, carro grande na época, usava o mesmo motor do jipe com algumas alterações que lhe davam alguns cavalos a mais. Por isso era chamado de jipe de fatiota. O Fusca, bem o Fusca era sonho de consumo. Aqui no Rio Grande do Sul, era chamado de “fuca”. Isso por décadas, até que os paulistas venderam com seu fusca. O carrinho era quase indestrutível. A plebe ignara chamava automóvel de “pé de borracha”.

    O mundo era mais simples então.

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  • Redação comestível

    Publicado por: • 8 nov • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    20160901_185932Mais um exemplar avulso da lista de novas formas de mostrar fotos que definem algo instantaneamente. Nesta foto, que coloquei ao lado do editorialista do Jornal do Comércio, Roberto Brenol de Andrade, fica explícita a sua área de trabalho: Editoria de Opinião. Sim, há alguma liberdade poética, mas é para valorizar o fruto da araucária brasiliense. Servido quente, só com um salzinho por cima, é especial de primeira. O pinhão, não o Brenol.

    ANALISES PERFUNCTÓRIA

    Tenho notado o seguinte nos eventos ou reuniões-almoço de entidades empresariais: gente do interior não sabe falar, mas sabe ganhar dinheiro; gente da Capital sabe falar, mas não sabe ganhar dinheiro.

    PRINCÍPIO DO PACOTE

    Todo e qualquer plano ou pacote lançado pelo governo já contempla uma redução em torno de 30% depois de votado pelo Congresso. Antigamente chamava-se essa técnica de Bode Na Sala, mas o caprino pediu aposentadoria precoce para não entrar nas novas regras da Previdência.

    LEI “NÃO ESQUENTA”

    É quando o fisco pega no seu pé e lhe pespega uma multa e fica esperando sua reação, que é um dar de ombros dizendo que até que a multa foi suave pelo que já sonegou ao longo dos anos.

    LEI “NÃO ESQUENTA DEMAIS”

    Nunca diga isso com sorriso na cara. Às vezes, em vez da presença de espírito, é melhor ausência de corpo.

    O FIM ESTÁ PRÓXIMO

    Você sabe que o fim do mundo está próximo quando governantes eleitos são melhores que seus antecessores. Não é normal acontecer no Brasil, logo, o fim está próximo. É a tal melhora antes da morte.

    LEI DA SOBREVIVÊNCIA FUNCIONAL

    Nunca diga ao seu chefe que ele está errado. Quando muito, diga que ele foi induzido ao erro.

    LEI DO TAPINHA

    Nunca dê tapinha afetuoso nas costas do chefe. Ele vai pensar que você está ganhando demais.

    LEI DO ELEVADOR

    Quando entrar ou sair de um elevador seja sempre o primeiro. Se você titubear, os outros vão pensar “mais um idiota indeciso”.

    LEI DO DEFUNTO

    Se você é político e um eleitor seu morre, não vá à missa do 7º dia. Vá na do 30º dia quando tem pouca gente. A família dirá “esse, sim, gostava do finado”, e votará sempre em você.

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  • A televisão é o triunfo do desembaraço sobre o talento.

     

    • Luiz Coronel •

  • As aparências enganam

    Publicado por: • 7 nov • Publicado em: A Vida como ela foi

    passaro

    Todos os governantes em qualquer nível além dos empresários do setor privado que acham ruim alguém dizer certas verdades e preferem os puxa-sacos, deveriam emoldurar a história contada abaixo.

    Parque de cidade. Inverno do Hemisfério Norte, frio de rachar, ventania carregando flocos de neve, dando autenticidade às baixas temperaturas. Um passarinho que pousou com as asas congeladas num galho de árvore tirita de frio. Tenta, mas não consegue voar. No pé do vegetal, um gato com milhares de horas de voo na arte de comer passarinho espera que um vento mais forte derrube o pássaro do seu precário campo de pouso. E ele sabe que precisa resistir para não virar petisco de felino.

    Entrementes, uma vaca desgarrada passa por baixo da árvore e surge o chamado da natureza. Ela derrama parte do intestino e vai embora. Segundos depois, vem uma rajada de vento mais forte que causa dois efeitos; derruba o passarinho da árvore que cai bem no meio da obra do bovino, e entra um cisco no olho do gato, que fica sem enxergar.

    Feliz no quentinho da bosta, a ave começa a piar de tão contente por estar aquecida. O gato o localiza pelo som e vai direto ao ponto e o engole de uma vez só. Moral da história:

    Nem todos que te botam na bosta são teus inimigos e nem todo cara que te tira da merda é teu amigo.

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  • Um novo caminho…

    Publicado por: • 7 nov • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Pois o doutor Guedes preparou um conjunto de medidas que nós chamamos de pacote por pura preguiça. Propõe uma nova abordagem do gasto público, vale dizer uma nova cultura. Não vai dar certo porque os esquartejadores do Congresso Nacional vão cortá-lo e recortá-los deixando-o mais fino que folha de gelatina e mais indigesto que salada de pepino à meia-noite, de tanto que vão deformá-lo.

    …É IMPOSSÍVEL

    A questã, como diz o povo lá de fora, é que o Guedes deve ter imaginado que suas excelências iam deturpar o todo, quanto mais não seja porque ano que vem tem eleição. E se não tem eleição, tem pressão das partes atingidas. Está na hora de dizer às crianças que o Congresso não quer o bem do Brasil, salvo exceções blá blá blá. Os deputados querem brilhar com suas emendas e seus discursos não raro apopléticos.

    A PROCURA DO LUCRO

    Se metade do que foi pensado pela turma da economia escapar das garras dos congressistas já terá sido lucro. Algumas partes certamente serão fuziladas, como o fim das emancipações de municípios que não conseguem caminhar com as próprias pernas. Já se sabia lá atrás que isso aconteceria na quase totalidade dos emancipados.

    Prever isso é mais fácil do que ganhar prêmios no “tudo premiado” dos parques de diversões. Ano que vem temos eleições municipais, logo…

     PRESOS NO REDEMOINHO

    O Brasil está preso no redemoinho da democracia representativa tal como a praticamos. Não dá mais, o sistema esgotou. Distrital misto, puro, distrital alemão, sei lá. O que temos hoje no Brasil é esculhambação legal, permitida e autorizada. Nosso sistema chama-se democratismo, uma aberração criada nos trópicos. Minorias ignoram a maioria silenciosa e têm privilégio em cima de privilégio.

    UM PITACO

    Sabem como o pessoal do campo chama redemoinho: Redimunho. Acho que é bem mais sonoro.

    GREVISTA DESDE CRIANCINHA

    Quando a demanda por concursos públicos até para ascensoristas é capaz de encher um Maracanã é forçoso reconhecer que uma boa parte dos brasileiros não tem ambição.  Dando para o gasto está tudo bem. Se não está melhorando como se quer, a gente faz greve. Depois dizem que a culpa dessa nossa modorra existencial é das elites.

    A PRIMEIRA GREVE

    Lembrei da minha primeira e única greve, em 1965. Eu era bancário (Banco da Província), da ralé, atendente de balcão em um setor chamado “arrancada”, assim chamado por arrancávamos os grampos do impresso do banco das duplicatas para mandar para o caixa, e o cliente pagar. Foram duas semanas, acho. Não deu em nada, não teve polícia, Brigada Militar, nem Exército, zero repressão. A greve morreu de morte morrida. E não ganhamos um pila dos banqueiros. Valeu pela gazeta.

    CORTAR O PONTO? JAMAIS!

    Entre tantas mudanças culturais neste país não abençoado por Deus estão as greves. Terminou a era das greves pacíficas. Hoje elas são violentas. E está para nascer o governante que corta o ponto dos grevistas duela a quién duela. Se o ponto fosse cortado – e há uma lei federal do tempo do Michel Temer OBRIGANDO o governante a cortá-lo – a conversa seria outra.

    O BRASIL QUE FUNCIONA

    >>>PRESIDENTE do IEE, Pedro De Cesaro, fez palestra ontem em Xangai, na China. O Instituto foi convidado a participar do simpósio internacional “70 anos de desenvolvimento da China e a construção da comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade”. De Cesaro abordou o tema “Abertura, Cooperação e Diálogo entre nações”.

    >>>O Shopping TOTAL foi palco, ontem, do lançamento do “Livro-Brinquedo Britto Velho”, da Série Artistas Gaúchos por Léa Guarisse, artista multimídia. O próprio pintor e gravurista porto-alegrense, Carlos Carrion de Britto Velho, esteve presente. “Agora, nossos artistas estarão pertinho das crianças e convidando-as para brincar”, ressaltou Léa.

    Este é o primeiro livro de atividades desta artista educadora, voltado para o público infantil. “Um livro-brinquedo para ler, apreciar e criar”, comenta Léa. O Livro-Brinquedo Britto Velho, faz parte da Coleção Livros-Brinquedo A Figura Humana – Diferentes olhares de artistas gaúchos. “Foi um sonho materializar esta minha experiência e colocar em forma de livro, nestes longos anos dedicados ao ensino da arte, tão necessária em Porto Alegre.”

    >>>A MAIOR DIFICULDADE do produtor rural é se manter competitivo e no caminho do crescimento. No mundo moderno isso se tornou ainda mais desafiador com a entrada da tecnologia nas atividades agropecuárias ou pela amplitude das possibilidades que surgem com as inovações.

    Para suprir essa demanda e não desviar o foco do produtor rural da sua atividade principal, foi criado o Agro Family Office, que reúne profissionais de várias áreas de atuação, para oferecer soluções sob medida para cada família. Os profissionais do Agro Family Office traçam um plano de ação, desde o financeiro e tributário até o sucessório

    O importante é que todo este processo de planejamento é feito em conjunto com o patriarca da empresa e sua família, de modo que as estratégias montadas possam proporcionar não somente resultados financeiros, mas também, e principalmente, a harmonia da família.

    Confira:

    Site: www.agrofamilyoffice.com.br

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    Youtube: Agro Family Office

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