Jornalismo fiel
Sempre digo que o jornalismo mais fiel é o da reportagem policial. Ele dá a idade, profissão, detalhes da vida, como marca do carro quando é acidente, enfim, forma um perfil que as editorias de economia não dão. De alguns anos para cá, logo após o nome, vem a idade. Os americanos fazem isso sempre. Devia ser obrigatório aqui.
Bueno. Claudio Frederico Vogt, um coronel do Exército reformado, tem um blog (www.escritorcfvogt.blogspot.
Ao caso do coronel, então. Um trecho:
“Começou uma briga entre dois torcedores. Com caipirinha nas veias, um queria acabar com o outro. No auge da fúria, faltou luz na Cidade. Ninguém via nada! Havia o risco de alguém ser atingido por uma cadeirada perdida. Ciente do perigo, fui me proteger na sala do Presidente. Fiquei na porta aguardando os fatos. O ecônomo não tinha nem lanterna. Contar com a sorte fazia parte da nossa cultura. Seguiram-se momentos de suspense… O brigão, que se achava mais esperto, cometeu um erro estratégico: acendeu um fósforo! Tomou uma bofetada cinematográfica! Os palitos de fósforo voaram! A situação piorou: sem luz, sem fósforo, sem lanterna, com um ferido.
Palitos de fósforo voaram é muito bom, assim como bofetada cinematográfica. Mas a melhor delas é a cadeirada perdida.