• Medonhas barbaridades

    Publicado por: • 18 fev • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    Apesar das medonhas barbaridades que a humanidade cometeu ao longo da história, sempre deixo um espaço para me maravilhar com o engenho humano. Nem vou falar nas conquistas tecnológicas no campo da ciência e mesmo no dia a dia. Lembro do primeiro rádio portátil Spika da Sony, que consegui comprar com meu minguado salário de bancário. Ouça um radinho daquela época e compare a qualidade do som com o que você recolhe de músicas do You Tube e as ouve com fone de ouvido que qualquer camelô vende por meia dúzia de pilas.

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    DO SPIKA AO CHIP

    O que me empolga é quando me debruço sobre os avanços da medicina. Vejam o caso das pontes de safena, que já são obsoletas. Vieram os stents, aquelas molinhas que alargam o que estreitou demais.

    CHURRASCO DE GENTE

    Não faz muito tempo que te abriam ao meio como costilhar inteiro do boi para churrasco capaz de matar a fome de 20 pessoas; depois tiravam uma veia mamária ou outra e faziam gato e sapato do coração até botar peça nova. Depois, costuravam de volta e aí doía pra caramba. Até fechar tudo levava semanas, e para ganhar confiança no taco mais outro tanto. Parace que inventaram a superbonder, que não é cola, é solda, para esse fim. Mas dava rejeição, algo assim.

    ESPAÇO DE SOBRA

    E graças à nanotecnologia, em breve, muito breve, vão te injetar um monte de reloginhos e broquinhas em miniatura que vão te curar antes mesmo da doença aparecer. “Há muito espaço lá em baixo”, disse o pai dessa criança, o físico americano Richard Feynmann. E olha que foi em 1959.

    PENSAMENTO DO DIAS

    Quem bebe uísque com guaraná estraga os dois.

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  • Se a única coisa é a morte, a única certeza do brasileiro é o carnaval no próximo ano.

    • Graciliano Ramos •

  • O naufrágio do restaurante (final)

    Publicado por: • 17 fev • Publicado em: A Vida como ela foi

    Restaurado após o incêndio de 1973, surgiu um problema oposto no Restaurante Dona Maria: passou a enfrentar alagamentos a cada chuva mais forte, coisa de uns 20 centímetros de água, um horror. A água vinha da Rua da Praia e só sossegava na rua José Montaury, Centro. Quando isso acontecia, um fleumático Ernesto não saía da mesa, só pedia um engradado vazio de cerveja e nele botava os pés. Ali ficava como se um Buda austríaco fosse. Certa noite, veio um toró dos diabos. Minutos depois a casa quase boiava, a maioria dos clientes se mandou. E seu Ernesto e eu sentados sem dar pelota para o dilúvio, comendo salsicha bock e queijo Port Salut.

    Sempre que conversava, o austríaco Moser pegava um palito e batia nele com o paliteiro, à guisa de martelo. Foi então que ouvimos um barulho esquisito vindo do fundo, um chap-chap-chap de alguém caminhando com água pelos tornozelos, quase aquaplanando. Era o médico. Veio direto em cima do Moser e então falou com carregado sotaque nordestino.

    – Aí, seu Ernesto, quer dizer que depois de pegar fogo, a casa agora vai a pique?

    Dito isso voltou para a sua mesa e para seu harém, fazendo chap-chap-chap de novo. Silêncio.

    Pois depois de ouvir essa, o palito só não ficou cravado na mesa de madeira porque quebrou antes.

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  • Cadê a loja que estava aqui?

    Publicado por: • 17 fev • Publicado em: Caso do Dia, Notas

    O comércio eletrônico cresceu cerca de 16% em 2019 e gerou mais de 718 mil novos empregos nos últimos anos. De acordo com levantamento da Loja Integrada – plataforma para criação de lojas virtuais mais popular do Brasil, com 1 milhão de lojas – 40% dos brasileiros que abriram uma loja virtual nos últimos dois anos eram funcionários CLTs que deixaram seus empregos para empreender pela internet. A plataforma recebe em média 600 novas lojas todos os dias.

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    SUMIU, MAS NÃO SUMIU

    A velocidade com que as novas tecnologias são abraçadas pelos empreendedores em todas as atividades econômicas é diretamente proporcional ao número de empregos que se perdem. Fosse só isso, seria um tiro no pé, mas não. Empregos perdidos geram empregos novos. A questão é saber se as lacunas são todas preenchidas por novas profissões ou dá para ter o pesadelo de desemprego.

    PRINCÍPIO DA INCERTEZA

    Formulado pelo alemão Werner Heisenberg, diz que podemos medir a velocidade e a posição de determinada partícula física, mas nunca os dois ao mesmo tempo. Cristalino como água da fonte. Substitua “partícula física” por um carro na rodovia caso tenha dúvida. Pois o princípio do alemão pode ser aplicado – mais ou menos – aos tempos atuais na questão do emprego versus novas tecnologias. Podemos contar o número de empregos perdidos e os que foram criados, mas não dá para medir a velocidade do processo ao mesmo tempo.

    Seja como for, só o nome do princípio é um retrato do mundo atual.

    NAS ASAS DOS DC-3

    O governo Bolsonaro prepara decreto que vai zerar o PÌS e Confins dos combustíveis de aviação. Considerando que combustível representa entre 35% a 40% dos custos de operação de uma aeronave e que boa parte são impostos, talvez dê para sonhar na volta da aviação regional, que hoje só pode ser viável com todos ou quase todos os assentos vendidos. No pós-guerra, quando os DC-3 usados pelos americanos foram distribuídos quase de graça para países como o Brasil, as várias companhias aéreas voavam até para cidades pequenas e com voos diários.

    O MILAGRE DOS ASSENTOS

    Empresas como a Varig cresceram a olhos vistos nas décadas de 1940 e 1950 por um bom motivo. Pegue-se o caso do DC-3. Com 28 assentos, os voos estavam sempre lotados, mas não na acepção literal da palavra. Se fossem apenas quatro passageiros, o governo federal bancava os outros 24. Ou seja, voos lotados em 100%.

    No Rio Grande do Sul, mesmo sendo em cidades pequenas, os voos chegavam a ser diários e não raro duas vezes por dia. Caso de Santiago, São Gabriel e Alegrete, para ficar só nesses, abrigavam grande número de quartéis, portanto com grande movimentação de militares e seus parentes. Por si só a demanda era pífia, mas com subsídios tudo mudava.

    O MILAGRE DO IMPOSTO DE RENDA

    Até meados dos anos 1960, jornalista não pagava Imposto de Renda e pagava só metade do preço das passagens aéreas. A brincadeira terminou por volta de 1965. Jornalista tinha outras regalias. No início dos anos 1960, podiam comprar carros nacionais a custo quase zero dentro de uma determinada quota. Aqui no Rio Grande do Sul pelo menos uma dúzia de jornalistas ganhou um flamante DKW. A história me foi contada por um dos beneficiados, Jaime Keunecke, o JK, já falecido.

    Mas Deus castiga, como diz o brocardo. Por isso jornalista ganha mal.

    PENSAMENTO DO DIAS

    Leva-se cada vez menos tempo para atravessar o Oceano Atlântico e mais tempo para chegar em casa.

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  • Medicina do futuro

    Publicado por: • 16 fev • Publicado em: Caso do Dia

    Estar preparado para a Medicina do futuro é um desafio cada vez maior para os profissionais. Inteligência artificial, mapeamento e terapias genéticas, procedimentos menos invasivos e mais resolutivos são realidade e demandam capacitação imediata dos médicos. Cirurgia robótica com médicos e pacientes separados por quilômetros de distância e telementoria para cirurgiões em curva de aprendizado começam a aparecer no horizonte.

    NO HOSPITAL Moinhos de Vento, onde a robótica vem sendo utilizada em uma grande variedade de procedimentos urológicos, tanto para tratamento do câncer como para doenças benignas, os números são animadores. O mais frequentemente realizado é a cirurgia para câncer de próstata. Em 93% dos casos, o câncer foi extraído completamente. Nas 24 horas após a retirada da sonda vesical, 70% dos pacientes retomaram o controle urinário e 94% deles voltaram a ter continência em 3 meses. A taxa de recuperação das ereções neste período chegou a 82%.

    Com mais de 3 mil casos operados, esses índices colocam a equipe médica da instituição entre as que possuem os melhores resultados da América Latina. Agora, essa expertise será compartilhada. O Núcleo de Medicina Robótica do Hospital Moinhos de Vento está trazendo professores renomados nacional e internacionalmente para, junto com esse time, formar mais cirurgiões e urologistas especializados na técnica. O Curso de Cirurgia Robótica Urológica está com as inscrições abertas.

    CLARO lidera pesquisa de satisfação da Anatel em todos os serviços avaliados. A pesquisa ouviu mais de 89 mil consumidores, em todos os Estados do país, em painel conduzido pelo Ibope e Anatel, entre julho e novembro/2019. A operadora desponta com as melhores avaliações entre todas as operadoras nos serviços móveis, do pré ao pós. No segmento residencial obteve as melhores notas em TV paga, banda larga e fone fixo, entre as operadoras com abrangência nacional.

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