Os três apitos

21 jun • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Os três apitos

Três assuntos momentosos merecem uma olhada com lupa: o depoimento do ministro Sérgio Moro no Senado, o recorde da Bovespa e o desabafo do general Santos Cruz após ser defenestrado do Governo Bolsonaro. De certa forma, os três assuntos estão ligados entre si. Até a imprensa teve que reconhecer que o juiz – pois foi neste cargo que tudo começou – saiu-se bem.

SUSPENSÓRIO EM COBRA

Antes do depoimento – a convite – dizia-se que ele não tinha tarimba política, que poderia ser enrolado por raposas felpudas senatoriais, que o reduziriam a pó de traque. Nada disso. Até ajudou o fato de alguns estarem acometidos pela colera morbius, no Latim. Tudo que é misturado com bílis e ranço não funciona. OU melhor, funciona só para quem é da grei, que já está convencido. E Moro provou que consegue botar suspensório em cobra correndo.

PUXA-EMPURRA

A bolsa brasileira fechou pela primeira vez acima dos 100 mil pontos. Oficialmente, o pulo deu-se porque o Fed, o BC americano, deu sinais que vai reduzir os juros porque o crescimento da economia, ou sua falta, assim exigem. Certo, foi um empurrão, mas como já citado aqui, há semanas o Ibovespa vem crescendo, com algumas recaídas devido ou ao mercado ou ações do Capitão. Mas em seguida, retomava a tendência de alta. Então alguma coisa há.

O SEGREDO DO ABISMO

Ora, se a economia está mal e o governo Bolsonaro funciona como uma biruta ao vento, por que cargas d´água esse importante termômetro segue na direção oposta? Day trade, compra e venda no mesmo dia, especulação, fatores externos são algumas explicações. Isso pode ser por um dia ou dois, mas sair lá de trás para chegar aos 100 mil pontos exige outra interpretação.

FANTASMAS ACIONÁRIOS

Bolsa é um estado de espírito, um ectoplasma alimentado ou esvaziado pelas circunstâncias. No caso brasileiro, os operadores conseguem enxergar além da fumaça, como disse o general Santos Cruz, fumaça que sai do escapamento de largos setores da imprensa e redes sociais, por ela alimentadas, deformadas ou exageradas. A esquerda é craque em fazer fumaça.

O PORVIR

Há movimentos empresariais poderosos em curso, incluindo estrangeiros. Com a Reforma da Previdência, algumas tênues mudanças administrativas e visualização de mudanças fiscais, investidores estrangeiros podem estar com aquilo que falta para a maioria dos nossos empreendedores: apetite.

FESTA DA CAIXA

No próximo dia 28, acontece o tradicional Arraial da Advocacia 2019. A confraternização, promovida pela Caixa de Assistência dos Advogados do RS (CAA/RS) e Comissão do Jovem Advogado (CJA), será realizada das 15h às 22h no Galpão Crioulo Leopoldo Rassier. Então prepare o traje e vá se divertir. O ingresso é a doação de um agasalho, que deverá ser entregue no dia e no local do evento. Até lá! Mais informações no link http://bit.ly/2HTkKXi

O CAPIM DO MAL

Uma planta invasora que desvaloriza o campo e reduz o desempenho do gado vem causando prejuízos aos produtores gaúchos há anos. Vindo da África, o capim-annoni encontrou condições propícias para sua proliferação no Rio Grande do Sul. Para auxiliar o produtor a controlar esta invasora, o Senar-RS e a Embrapa Pecuária Sul prepararam um roteiro de eventos que serão realizados em Pelotas (24/06), São Gabriel(25/06),  Bagé(26/06), Uruguaiana (27/06) e Itaqui (28/6), com enfoque no Método Integrado de Recuperação de Pastagens: Mirapasto, que tem se apresentado como uma alternativa eficaz no controle desta planta. Este roteiro de atividades também conta com o apoio dos Sindicatos Rurais, Grazmec e Unipampa-Campus Uruguaiana e Campus Itaqui.

De acordo com o instrutor do Senar-RS, Leonardo Perez, o capim-annoni compromete a produtividade no campo. Este capim causa desgaste na dentição dos animais e, por ser mais fibroso e menos nutritivo, o ganho de peso é mais lento. “Em nossos experimentos, o capim-annoni vem impondo perdas de mais de 50% no ganho de peso por área. Por meio do Mirapasto, método desenvolvido pela Embrapa, conseguimos reverter a degradação e melhorar a produtividade do campo, gerando mais renda para o produtor”, relata o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul Naylor Perez, que atua, dentre outras áreas, em controle de plantas indesejáveis em pastagens e integração lavoura-pecuária.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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