Os intocáveis
É expressivo o avanço da tecnologia biométrica em termos de segurança, especialmente em relação aos sensores de impressão digital – que estão muito mais sofisticados, embora simples de usar. Hoje, eles conseguem diferenciar o tecido humano de um indivíduo de impressões digitais fraudulentas, obtidas a partir de uma centena de materiais diferentes que tentam reproduzir o dedo humano.
Essa é a parte inicial do texto que recebi do vice-presidente da HID Biometris, Phil Scarfo, enaltecendo os módulos e sensores de impressão digital integrados da Lumidigm®.
Tudo certo, mas há o porém de sempre. Eu não tenho mais impressões digitai. Eu e jornalistas do tempo da máquina de escrever, de operários ou pessoal burocrático, que manuseou, durante décadas, muito papel, só para falar em algumas profissões. O papel é muito abrasivo e vai lixando a pele. De modo que as minhas impressões sifu. Kaput. Não adianta, sensores digitais – do meu clube, do jornal ou de qualquer outro que eu tenha tentado me cadastrar – não me reconhecem.
Então fico eu lá apertando o polegar ou qualquer outro dedo das mãos nesses equipamentos e nenhuma porta se abre. Numa época em que tudo é digitalizado, eu e um sem número de pessoas fomos excluídos, como os intocáveis do último degrau das castas da Índia.