Os inocentes esquisitos
A propósito de nomes estrambólicos – o marco zero dos nomes esquisitos foi quando Michael Jackson se tornou celebridade mundial – sempre recordo de uma lista antiga, com pais desalmados que colocaram Um Dois da Silva Quatro nos pimpolhos. O pior é que, naquele tempo, como dizia Jesus, era proibido trocar de nome no cartório, ao contrário de hoje, mesmo que as crianças inocentes odiassem o nome dado pelo papá e mamã. Pode até trocar João por Maria e vice-versa. Muitos nem sabem se são João ou Maria, e enquanto não tomam tenência são João e Maria ao mesmo tempo.
Nomes mais prosaicos, não chamativos, como Analice ou Analise, também têm sua história. Pode tanto ser a junção de Ana com Alice e Ana com Lise quanto a apropriação de um termo obrigatório em um vidro de xarope ou outro medicamento líquido, “análise bromatológica número tal”, como era obrigatório constar nos rótulos, anos 1940 em diante. Famílias humildes e de pouca instrução dos interiores achavam bonito e pespegaram esses nomes nas recém-nascidas. Até chegar o primeiro Maiquel Jaquinson.
Ah não? Quantas Analises ou Analices jovens você conhece hoje em dia?