Os dois cavalos do Claudinho
Apareceu mais um sinal mostrando que o Armagedon está próximo. O DJ Claudinho Pereira, que cultiva trança, que eu ainda chamo rabo-de-cavalo, desde 1982, aparou a crina da ré. Não saberia dizer o que ele fez com os restos mortais da melena, mas imagino que ele deva ser colocado numa redoma de cristal para evitar um atentado do EI.
Eu e o Claudinho somos a prova viva de que amizade à distância funciona. Nos vemos raramente, mas a cada encontro eu preciso contar uns dez causos que ele não conhecia e ele me conta outros dez que eu não conhecia. A imortal dele aconteceu há alguns anos. Cheguei mais cedo para um evento no Dado Bier do Bourbon e vi o cidadão em tela postrado no corredor. Perguntei como ele estava.
– Igual a cavalo em Desfile do 20 de Setembro: bosteando, andando e sendo aplaudido.
Foto ao lado: arquivo pessoal/CP