Os bares da Rua da Praia ( final)
Da Caldas Júnior até a Casa de Cultura Mário Quintana, Hotel Magestic, na época, quedavam o que hoje chamamos de lancherias. De noite o papo era outro.
No Bar Leão, que existe até hoje, boêmios e jornalistas bebiam cerveja com, direito a ouvir a última poesia do poeta maldito Moacýr Ribeiro. Foi nos anos 1960, parte dois.
– Hoje eu amanheci com uma vontade louca de brigar com Deus.
À noite, a rua Sete de Setembro era povoada por meretrizes, ou mulheres de vida fácil no jargão da época. Fácil nada. A tarefa era facilitada porque só havia prédios comerciais.
Elas esquentavam os tamborins no Bar Leão e vizinhos, e depois se esgueiravam pela sombra da noite à cata de fregueses para encontros furtivos, rápidos e perigosos.
Usava-se muita navalha, e não era para barbear.