Os bares da Rua da Praia (primeira parte)
Tão decantada em prosa, verso e música (Rua da Praia/Que não tem praia, de Alberto do Canto) curiosamente a rua dos Andradas só teve três bares nos anos dourados. Um era A Gauchinha, na sobreloja do edifício Torelly, entre Uruguai e General Câmara, de propriedade de Johann Passport, também dono do Restaurante João, na rua Arabutã, travessa da Farrapos.
Subia-se por uma escada em caracol tão íngreme e apertada, que deve ter esqueleto de cliente até hoje. Subir já era difícil, imagina descer com a cara lotada e chopes.
O piano-bar Je Reviens, que não era bem bar-chope, ficava na esquina com a General Câmara, e o Oásis, na subida, ao lado da Confeitaria Princesa, com dois ambientes. Em uma pequena vitrine, jaziam dois camarões gigantes, raramente encontráveis na casa. O dono era o Zé Português, que um dia dos anos 1970 encasquetou de construir um barco/iate de aço em estaleiro da Zona Sul. Fê-lo.