Os aviões de carreira

22 maio • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Os aviões de carreira

Um dos provérbios mais antigos que conheço é o que diz “depois da tempestade vem a bonança”, mas como conheço rengo sentado e cego dormindo mercê dessa vida desvairada e cheia, acho prudente restaurar as coisas: antes da tempestade vem a calmaria. Tenho notado isso em tempos calmos em que não se vê algo no ar além dos aviões de carreira. De alguma forma, são tempos perigosos.

No creo em brujas…

…mas que las hay, las hay. Funciona assim, como se alguém colocasse uma chave de roda em uma engrenagem e tudo para. Parece um stop no tempo como o mágico Mandrake fazia nas coisas e nas pessoas. Mas não existe chave de roda na história, é apenas a marrada do bode mais forte depois que ele recua. É uma sensação que tanto pode ter leves traços de paranoia quanto pode ser uma espécie de aviso.

Se você olhar com olhos de olhar para o Brasil nas últimas semanas, vai observar que declarações e contradeclarações contundentes são mais fogos de artifício que matéria palpável. Bolsonaro fala grosso, a imprensa cai de pau e credita a ele até a unha encravada que apareceu no pé de alguém, mas ao fim e ao cabo, é tudo fumaça. O que NÃO fala, ou fala por murmúrios, é o cidadão calado que vai e volta do trabalho olhando para nada na janela do ônibus ou a paisagem que o sujeito distraído a bordo de uma Mercedes AMG.

É a economia, estúpido

Tal como disse um assessor da candidatura de Bill Clinton a outro assessor que não entendia a ascensão do seu candidato nas pesquisas. Posso até registrar em cartório, mas são raros os momentos da nossa história em que realmente parece que colocaram uma chave de roda na engrenagem. Não está se mexendo, ninguém está se mexendo.

Esperando Godot

Tal como os dois personagens da peça de Samuel Beckett, Godot nunca dá o ar da graça. O que falta para a roda da economia girar de novo, perguntam-me aflitos amigos empresários, sabedores que a explicação é uma salada de frutas. É uma salada de frutas em que falta o caldo da esperança.

Sobra alguém em Nuremberg

O mundo está assim, visto do ponto de um brasileiro bem informado. Parece a Torre de Babel, o retorno. Ou, como se diz lá no Alegrete, está de vaca não reconhecer bezerro. O que eu faço? Temo. Só isso. Como não sei o que é, apenas temo.

A música do capitão

Parte dos jornais deram com destaque a frase presidencial culpando os políticos pela nossa situação. Para o homem comum, soou como música. Mas não é isso que se ouve em qualquer roda de conversa desde o vileiro até o zangado homem da classe média? Para eles, a frase exposta nas manchetes é a verdade. Ponto para o Capitão.

Androides e drones

Inicia-se hoje e vai até amanhã, no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre, o 12º Fórum Internacional de TI Banrisul. Com o tema “Inovação e Transformação Digital:  o impacto nos modelos de negócios”, o fórum segue a tradição de discutir as inovações e tendências tecnológicas, sociais e de mercado.

Além da programação oficial de palestras (que pode ser acessada em www.forumtibanrisul.com.br), atrações de robótica e realidade virtual serão expostas para interação com o público. Entre eles, o robô Cruzr, criado pela empresa chinesa Ubbtech, que reconhece pessoas e objetos e que pode até ser utilizado como recepcionista de hotel ou guia de museu.

Também serão apresentados no evento os androides da Realbotix, robôs realistas em formato humano com habilidades de conversação.

Quem foi, quem?

Quem disse que a imaginação é mais importante que o conhecimento não foi um qualquer, foi Albert Einstein. Então tomem nota: o projeto Escola Criativa da TRIS, marca de materiais escolares e profissionais da empresa gaúcha SUMMIT se propõe a levar a instituições de ensino métodos alternativos ao modelo tradicional de aprendizagem, com o intuito de disseminar a importância da capacidade de invenção, improvisação, imaginação e criatividade em todos os envolvidos. Salve!

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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