Olha que atravesso!
Você já viu alguma vez os rapazes que apresentam esse espetáculo se jogarem entre o arco cheio de facas pontudas? Dificilmente verá, apesar de relatos em contrário. Quando a multidão que se forma em torno deles fica impaciente, alguém cumpre o prometido. Entrementes, vendem seu peixe ou camelôs misturados no grupo de assistentes faturam algum.
SÓ QUE…
Lembra o Brasil. Estamos precisando urgentemente encarar o desafio das facas pontudas. Parar o lero-lero e encarar a dura realidade. Digamos que o aro sejam as reformas necessárias, mas não só elas. Precisamos sair desse estado letárgico que nos caracteriza até na letra do Hino Nacional, aquele de dormitar eternamente em berço esplêndido. Cá entre nós, não é tão esplêndido assim.
O REINO DE MACUNAÍMA
Quem dorme todo o tempo não é só o governo, nem os Legislativos e o Judiciário. O tão falado povo, a sociedade, não só dorme como se contenta com sonhos, fantasiando que é o rei da cocada brasileira, que o brasileiro é o tal, que estamos mal apenas porque os políticos não prestam. Os políticos somos nós, ora pois! Não há alienígenas no Congresso, nem nas Assembleias nem nas Câmaras de Vereadores. Nem mesmo os folclóricos que aparecem às mancheias como regra e não como exceção vieram de Marte.
PORTANTO…
Temos que atravessar esse aro. Mas não vejo como. Atravessar é lenda urbana, de ouvir falar.
PENSAMENTO DO DIAS
Prefiro sorrir dentro de uma Mercedes que chorar dentro de um Chevette.