O sorvete americano (I de II)
O Ministério Público determinou o fechamento dos quiosques na praia de Tramandaí a fim de permitir a formação de dunas que tanta falta fazem. Na Tramandaí na minha meninice e adolescência, era chegar a 10 ou 12 quilômetros da cidade que já se avistavam as dunas, algumas com água da chuva. Com a urbanização, as dunas desapareceram, e com elas as “lagoinhas”. Você vinha correndo do alto e mergulhava de cabeça na água límpida.
No início desta semana, o MPF mandou demolir os quiosques a Beira Mar exatamente para permitir a volta do que chamávamos na época de cômoros de areia, um processo que demandará tempo e será feito em três etapas, conta meu colaborador praiano Clovis Heberle. Quem conheceu a área entre a Rua da Igreja e a Fernando Amaral deve se lembrar delas.
Na segunda metade dos anos 1950, construíram o Condomínio Edifício Tramandaí, que cedeu a parte da frente da enorme área para uma praça, com a condição de que a prefeitura não permitisse a construção de prédios. A praça é nossa, mas desconfio, bem, vamos torcer para que Tramandaí não afunde de vez. O Hotel Siri, construção anexa ao prédio acima aludido, foi posto abaixo e vem mais um monstrengo que mudará o microclima daquela região.
O que eu queria falar era sobre o Centro da cidade, o Hotel Gaúcho onde nos hospedávamos, a namoradinha só de olhar cujos pais ficavam no chalé lindeiro ao nosso, e sobre a fantástica descoberta do sorvete americano e da Cuba Libre.
Conclui amanhã