O samba de um prato só

21 dez • Caso do DiaNenhum comentário em O samba de um prato só

Em tempos passados, o strogonoff – depois estrogonofe – era o prato principal dos eventos aristocráticos, almoços oficiais, almoços de entidades e sugestão de menu dos restaurantes finos e outros metidos a finos. Depois veio o fricassé de galinha, coisa muito elegante de se comer, segundo as pessoas que nunca comeram carne desta ave, aparentemente. Quando as vilas começaram a chamar estrogonofe de guisadinho metido a besta e o fricassé de carne de frango desfiada com requeijão e milho, este encontrável em qualquer despacho de encruzilhada de subúrbio, a finura desapareceu e a antiga iguaria passou a ser comida de pobre. Perdeu o charme.

De algum tempo para cá, o prato de resistência destes mesmos almoços mais sofisticados passou a ser filé ou medalhões de filé com risoto de cogumelos, com a variável de tomate seco. Só nos últimos dez dias, comi pelo menos quatro deles em eventos distintos. Quando entra tomate seco, separo alguns e guardo em um plástico e levo para casa. Sacumé, posso ter um choque anafilático por causa dessa tortura gastronômica.

Qual será o substituto do filé com risoto de cogumelos?

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »