O que se ouve por aí
Entreouvido na Rua da Praia quando se mistura com transeuntes aos pares.
– Tenho que pagar um boleto e não sei como (entre camelôs).
– …aí eu garrei e disse pra ele …(excerto de papo entre duas garotas).
– Ela não sabe nem se vestir, imagina (também entre duas garotas na fila da lotérica).
– Tu já viu, né? Olha a pretensão, né? (agora entre dois homens).
– Não tenho medo do covide, diz que só pega nos veio (uma garota e outra com mais idade).
– Isso tudo é culpa dos políticos (atendente em banca do Mercado Público).
– Que situação! (em nove entre 10 conversas entre adultos).
Portugal, nosso avozinho
Eu amo ver a TV portuguesa. Eles falam como nós brasileiros achamos falar o português correto. Como a língua lá falada não tem subtexto, ao longo da história eles tiveram poucos filósofos. Por isso o falar deles é direto.
Clareza
Assisti o final de um filme no canal SIC . Nos créditos finais aparecem uma lista de empresas e, antes delas, a expressão (auxílio à produção). Bem mais claro que “conteúdo editorial”. Já o povo daqui chama de “merchandising”.
Os meios de comunicação de Portugal ainda tratam a pandemia em ondas, ao contrário do Brasil. Os lusos enumeram três ondas, a última em janeiro.
A Carris portuguesa
Lá também a empresa de transporte público se chama Carris. E virou polêmica o fato de ter comprado 10 mil ” chocolatinhos” para distribuir a rodo.
Total mudança
O mundo tal como o conhecemos terminou. A não ser que surja um medicamento realmente eficaz, como o tamiflu foi (mais ou menos) para a gripe H1N1, para dar tempo aos laboratórios criar vacinas mais eficazes e seguras, vamos nessa tragédia e no ritmo ditado pelo vírus.