O prestígio de Mussolini
Tem uma história que contei há anos no A Vida Como Ela Foi que tem tudo a ver com o Brasil de hoje. Nos anos 1930, o ditador Benito Mussolini tinha um grande prestígio nos Estados Unidos. Administrativamente, o Duce era bom. Drenou os pântanos de Roma, botou os trens italianos nos trilhos e, no horário, e exportou a Máfia para a Sicília, o que na época parecia uma boa ideia.
Mussolini encantava os Estados Unidos. Até o cantor e compositor Cole Porter fez uma música em sua homenagem, com letra tipo “você é meu Houdini, meu mágico Mussolini”, alusão a um ilusionista que fazia sucesso. Quando chegou em Nova Iorque, deu uma entrevista para uma famosa jornalista, que ao final perguntou a ele se era difícil governar a Itália. Mussolini deu de ombros.
– Difícil não é. Mas é inútil.