O ponto futuro

18 abr • Caso do DiaNenhum comentário em O ponto futuro

Estrategicamente falando, sob a ótica do ponto futuro e de ações e reações, a turma do não ao impeachment, acampada na Praça da Matriz de Porto Alegre, é que deveria estar no reduto do sim, no Parcão. O governo Dilma está liquidado e estará mais liquidado ainda mesmo se o Senado rejeitar o impeachment. Terão todas as desculpas do mundo pelo fracasso da gestão petista.

Digamos que a corte revisora rejeite o processo de impeachment. Neste caso, o presidente da República de fato será Lula. Ele terá que fazer um milagre que nem Jesus no milagre das multiplicação de pão e peixes se arriscaria a prometer: colocar a economia de volta aos trilhos em poucos meses.

Se o Senado der curso ao processo, Dilma fica fora por meio ano, e aí, adeus, Tia chica. Mesmo voltando lá adiante. Se Michel Temer for confirmado presidente – pode não, porque se prevê nova batalha judicial –  ele terá mais tempo, especialmente se conseguir formar um ministério de notáveis e de ação rápida. Em ambos os casos, teremos um longo e tenebroso inverno de sacrifícios pela frente, pelo menos dois anos a pão e água.

Qualquer bola de cristal consultada vai se recusar a mostrar um quadro mais nítido. Há muitas variáveis principalmente sociais, além de um ilustre e normalmente desagradável convidado: o senhor Imponderável.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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