O passado vem à tona

3 jun • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em O passado vem à tona

O gasto das famílias despencou no primeiro trimestre deste ano, um dos fatores que determinou o pibinho de apenas 0,6%. A inflação derrubou os gastos. Por enquanto, o emprego segue firme, mas o temor é de que logo adiante ele sofra as consequências da economia fraca. Não tem como escapar desta realidade.

Publiquei essa nota dia 31 de maio de 2013.  Não precisei de bola de cristal para saber o que viria pela frente.

DE MAL A PIOR

Nós sabemos que o ensino fundamental é uma droga – salvando as exceções – também sabemos que a culpa não é necessariamente dos mestres e que o sistema como ele é concebido está defasado. Nós, o Congresso, o Governo, estamos carecas de saber dessa dura realidade. E o que se faz?

RADIOGRAFIAS

Todos os problemas brasileiros já foram exaustivamente radiografados, especialmente a educação. Temos pilhas físicas e virtuais sobre as mazelas do ensino brasileiro, toneladas de avaliações sobre erros do passado e erros do presente. E o que fazemos?

REUNIÕES

O Brasil é o país das reuniões. Quando você vê um grupo de cães sem dono na rua pode ter certeza que estão fazendo uma reunião. Caso exista um número regular de árvores no entorno do seu prédio ou casa em Porto Alegre, ouvirá pelo menos duas vezes por dia papagaios alvoroçados fazendo…reunião. Assim como os humanos nas empresas em que trabalham ou comandam, a reunião só serve para marcar outra reunião que, ao fim e ao cabo, só resolve questões menores. Lantejoulas ao vento. O busilis da questão é outra.

FALTA DE LEITURA

Se até mesmo os adultos de boas posses estão lendo cada vez menos por alegada falta de tempo, por que a criançada teria apego a um bom livro de histórias? Ela está muito ocupada comendo fast food – porcaria –  para parar de encher o saco da mãe e ver programas idiotas na TV. Do lado de fora da casa, sempre há chance de aparecer um vendedor de fuminho ou comprimido. Chama-se isso criar demanda. Não só futura, presente principalmente. Se não for nada disso. Elas estão fuçando em outra coisa.

NO CELULAR

É um Doctor Jekyll que vira Mr. Hyde. Como toda descoberta que ajuda a humanidade, traz no seu DNA os germes da destruição. Isso é mais antigo que homem fazer xixi pra frente. Enfim. O ensino fundamental prepara mal, o ensino médio está entregue à indústria do ensino e o superior colhe esses analfabetos funcionais que se transformarão em…analfabetos funcionais na carreira que escolherem. Incluindo o jornalismo. Quem ganha essa guerra?

A ELITE

Pais preparados, filhos preparados. Chegam às profissões escolhidas com uma razoável bagagem cultural e serão bem-sucedidos na vida profissional, na grande maioria. O diabo sempre faz cocô no monte mais alto. Quer dizer o seguinte: em vez de diminuir o fosso entre os que sabem e os que não sabem, a internet só o amplia. No momento, na largura da foz do Rio Amazonas.

CONCLUSÃO

De um professor universitário com todos os títulos possíveis, que mal e mal conseguiu dar aula em faculdade de menor porte em alguma região perigo da Transilvânia, sobre os alunos que encontrou: Eu sabia que eles eram burros, mas não tão burros.

UTILIDADE PÚBLICA

O advogado Dr Fernando Malheiros Filho palestrará no Grupo de Estudos de Direito de Família, na próxima terça-feira, dia 4 de junho, a partir das 12h, sobre “Visão sistêmica das últimas decisões dos Tribunais Superiores do Direito de Família”, na sede do instituto.

FOTOS E RELATO NEVASCA DE 1965

Veja quando Porto Alegre ficou branca:  www.escritorcfvogt.blogspot.com.br.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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