O paraíso perdido

2 jun • Caso do DiaNenhum comentário em O paraíso perdido

 Vou bater na mesma tecla, uma bola que já levantei há mais tempo, mas que não perde a atualidade. O azar – ou os erros do eleitorado – ao longo de décadas, nos levaram a essa realidade deprimente, um país onde não só a educação é pífia, como o conhecimento, o estoque cultural, mesmo em instâncias superiores da sociedade, digamos assim, é de chorar. Somos uma sociedade fraca e que nunca conseguiu fazer upgrade e sim downgrade.

 Li na coluna da Rosane de Oliveira que a crise não é econômica, é política. Concordo em parte apenas, porque a economia está em crise por falta de confiança. Perguntem para um investidor nacional ou internacional se ele botaria dinheiro bom em cima do dinheiro ruim neste momento.

 Nós mesmo construímos nossa desgraça. Até empreendedores nos faltam, não os temos em número suficiente. O que tem muito é esperto confundido com empreendedor honesto e capaz, aquele tipo de empresário que faz de tudo para não se emaranhar na teia do Estado, nem vendendo nem comprando e nem devendo para ele.

 Os sinos dobram por nós. O mundo inteiro está líquido para caramba, os juros são liliputianos e até negativos, caso do Japão, onde os bancos cobram para guardar o seu dinheiro, pagar juros nem pensar. Então eles querem, precisam desesperadamente investir e olhar para nós, um país onde falta fazer tudo, incluindo a honestidade.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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