O País nosso de cada dia

10 jan • Caso do Dia, Notas1 comentário em O País nosso de cada dia

É o que a casa oferece. Vejam onde duas senhoras estacionaram suas bikes – da Prefeitura – em uma cafeteria da Capital. Não precisa olhar muito para concluir que tiraram quatro lugares de duas mesas em que cabem oito. O pior é que na parte externa do prédio há espera para estacionamento de bikes.

Os figos e eu

festa do figo 11Olha que doçura de figos. É uma das minhas taras frutíferas, in natura, em geleia, em conserva ou cristalizados. Sou tarado por eles. Na imagem, a Rainha e as Princesas da Festa do Figo de Nova Petrópolis, que terá lugar dias 2 e 3. Não sei se poderei ir, mas dou procuração para quem quiser me trazer estes frutos nas formas ou em pelo menos uma das formas descritas acima.

Verdade verdadeira

Leio no Face esta postagem do colega jornalista Ricardo Azeredo:

“Existe uma regra básica em telejornalismo que parece ter sido feita para ser solenemente ignorada por repórteres e editores: imagens não devem ser descritas, pois seu valor está exatamente no que mostram – ou seja, as imagens falam por si. No entanto é de pasmar que repórteres novatos e veteranos – sim, os cascudos também! – insistam em descrever os takes literalmente, em vez de criar alguma forma de narrativa que complemente em vez de repetir em palavras o que a tela está exibindo. Preguiça? Falta de criatividade? Redações acomodadas com modelos batidos? Ensino deficiente de telejornalismo? Tem algo errado aí”.

O Ricardo acertou na mosca. Por que isso acontece não requer muitas investigações. Preguiça, a dificuldade em elaborar falas e sobretudo falas com informação e não cantilena de encher linguiça com baixo estoque de palavras levam a essa falha. Parecem bonequinhos de dar corda ou movidos a bateria que falam sem parar.

Sem dizer que, em reportagens feitas no Interior, como as de ontem com os temporais e chuva forte na Fronteira Oeste e Campanha, as emissoras só pautam os estragos nas cidades, casas destruídas, postes caídos, alagamentos etc. Prejuízos na agricultura da região nem pensar. Dá muito trabalho e despesa. Então adicionem também a falta de iniciativa nas causas.

Lojinha abandonada

O que está acontecendo com a previsão do tempo no site de Zero Hora? De ontem até a próxima segunda-feira a precipitação será de 1,1 mm, mesmo que a ilustração mostre sol a pleno. Na semana passada, aconteceu o mesmo, durante sete dias a chuva esperada era de 18,6mm. Todo mundo tirou férias? Quem fica cuidando da lojinha?

Placa de Petri

Aquele álcool gel que se usa não é um excelente criatório de germens depois que o álcool evapora? Passe o gel nas mãos e, mesmo muito tempo depois, ao lavá-las você se sente pegajoso. Dá ideia que seja uma placa de Petri, aquela em que se faz cultura de germens com fluidos coletados do corpo humano para ver a resistência aos antibióticos.

Escrito em 2013…

Começou a versão 2013 do maior programa-símbolo do brazilian way of life, o BBB. E também é uma espécie de recorde mundial em matéria de programa de televisão. É sempre mais do mesmo – sexo & fofocas e rock’n’roll com fortes doses de extremo narcisismo. Da forma como prende a atenção dos lares brasileiros, quem sabe, o nome mais apropriado fosse o de outro programa global, a Grande Família que não é família.

Reescrito em 2019

Mesma coisa. Não mudou quase nada afora o ano. Tenho a impressão de que o interesse dos telespectadores já foi bem maior, especialmente depois que Pedro Bial deixou de ancorar o programa.

Síndrome de selfie

O colega Flávio Dutra faz uma pergunta e ele mesmo a responde, com total propriedade: “Quem está interessado na sua opinião? Ninguém.” Em algumas sociedades ao redor do mundo, a cultura é estimular o coletivo e evitar ao máximo a individualidade. A nossa a estimula. É em tudo. O trânsito é um bom exemplo, especialmente no Rio Grande do Sul, mais precisamente em Porto Alegre. É um conjunto desordenado de bárbaros.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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One Response to O País nosso de cada dia

  1. Plínio Nunes disse:

    Acho que o entretenimento, aos poucos, ou rapidamente, está matando o jornalismo. Muita gente lendo ou ouvindo sobre o que fazem celebridades ou subcelebridades ou simplesmente consumindo esse tipo de assunto por falta de algo mais interessante. Aos poucos, o entretenimento pode também estar morrendo, substituído pelo quê? Não sei.

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