O meu Big Bang

18 ago • Caso do DiaNenhum comentário em O meu Big Bang

Imagem de um álbum com fotos antigas

Estava eu comentando com Augusto Bisson, autor de uma magistral obra sobre o Moinhos de Vento e as tradicionais famílias do bairro, como as coisas desandaram rapidamente nestes tempos modernos. Então, perguntei quando sairia o seu segundo livro. Bisson meio que estava desanimado, a imprensa não dá muita pelota para obras que exigem pesquisa, muita pesquisa, tempo e, claro, dinheiro, essas coisas. Mas um dia sai, garantiu.

O que não me espanta é como as novas gerações sabem pouquíssima coisa sobre suas famílias e ancestrais, de onde vieram, quem foi quem, quem casou com quem, profissões, lugares onde moraram, essas coisas. E mais uma vez, esse desinteresse é bem fruto desses tempos de instantaneidade e egocentrismo. Certa vez, perguntei para uma estagiária de sobrenome ilustre na Fronteira qual o parentesco dela com essa pessoa, já falecida, criador, médico famoso, com incursões na política. Ela disse que não tinha a mínima ideia.

Dias depois ela me encarou triunfante: descobrira que esse notável cidadão fora seu avô. Está cheio de casos assim, as novas gerações não sabem e nem querem saber.

Como se o Big Bang tivesse acontecido quando eles nasceram.  

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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