O jogo muda
Convidada para vice de Geraldo Alckmin, a senadora Ana Amélia (PP) faz uma jogada de risco calculado. E para os tucanos nada como uma vice mulher e sem envolvimento na Lava Jato e outras percussões. Alckmin é esperto. Ana Amélia soma muito. Olha, continuo achando que o ex-governador paulista tem chances crescentes de ser eleito. Terá tempo de TV, tem o apoio do Centrão, saiu-se bem nos dois mandatos e com índices bons de aprovação.
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Vento Sul
Muda tudo no cenário gaúcho. Sem Ana Amélia concorrendo ao Senado a vaga deve ir para o deputado Luiz Carlos Heinze, antes pretendente ao lugar de Sartori. E o PP deve apoiar o tucano Eduardo Leite. Uma peça só que foi mexida no tabuleiro muda todo o jogo.
A bolsa
Político bom precisa ser como investidor de bolsa. Precisa sangue frio e ter timing, sem desistir ao se deparar com o que aparentemente é uma catástrofe.
O começo
Ana Amélia foi jornalista, todos sabem. Mas nem todos sabem que ela foi repórter do Jornal do Comércio de Porto Alegre. Era muito competente e respeitada.
Teto e piso
Tem uma coisa que sempre chamo atenção nas eleições. Já falei aqui. As pesquisas indicando que este ou aquele candidato tem dois dígitos ou quase já na largada podem ser TETO e não PISO. Os assessores, a entourage, e marqueteiros costumam confundir os dois.
A seita Maluf
Paulo Maluf, por exemplo, sempre largava com 20% de intenções de voto e dele se dizia que, se já larga assim, imagina a quanto vai. Não ia. Era teto.
Desejo de consumo
O candidato Jair Bolsonaro está louco que o convidem para um debate com entrevistadores de esquerda bem agressivos. Principalmente se eles não fizerem muitas perguntas e apenas o acusarem pelo seu passado e por suas propostas.
O “coitadinho”
Quantos eleitores viram o Roda Viva da TV Cultura em que ele foi entrevistado? Talvez 0,001%. Mas repercutiu em todo o país menos pelo fato e mais pela versão do fato. É a velha história, bater demais num candidato desperta o sentimento coitadinho dele.
Jornal do Comércio
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