O horror, o horror…

5 jun • A Vida como ela foiNenhum comentário em O horror, o horror…

Na noite anterior eu tinha visto um documentário sobre os filmes de terror do diretor Roger Corman, um dos meus preferidos nos anos 1960. O traço de união na maioria destes filmes é o grito, ou gritos dos personagens imersos no mais profundo horror. Pois foi isso que ouvi quando estava entrando no meu carro na garagem do prédio. Mal sentei atrás da direção, ouvi um grito horripilante. E bota horripilante nisso.

Não era um grito normal, se vocês me entendem. Era do tipo longo, como alguém em agonia ou sendo devorado vivo por algum leão. Muitos segundos depois, o grito se converteu em um gemido de arrepiar os cabelos da nunca, coisa horrorosa. Em seguida, silêncio. Confesso que quase entrei em choque.

Como no chavão dos livros, reuni todas minhas forças e corri para a janela da garagem para ver a procedência dos uivos e gemidos prolongados. Bem na frente da porta há uma parada de ônibus. Os gritos vinham dos freios gastos e em estado crítico de um ônibus da Carris. Desde que começou a frear até a parada total, acentuado pelo fato de minha rua ser uma descida.

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Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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