O furo da bala

9 jun • A Vida como ela foiNenhum comentário em O furo da bala

 Os motéis estão se queixando que o movimento vem caindo mesmo em datas especiais como o Dia dos Namorados. Então, para aumentar a rotatividade e levar mais casais para a cama, a entidade do setor, a ABMotéis, fechou parceria com a Jontex para fazer uma campanha.

 Concluo que a própria marca de preservativos também está faturando menos. Como sabem, os motéis são obrigados por lei a disponibilizar duas camisinhas nos quartos. E nem todos usam, e muitos devem trazer de casa (ou da farmácia…) a sua marca preferida. Pelo que se vê, são tantas as opções que deve ter até camisinha para baleia, que tem um cajado de mais de 10 metros.

 Imagino como seja a camisinha de um porco-espinho quando vai dar umazinha na porca-espinha. Não sei se tem tecnologia para segurar as pontas destes animais, mas duvido que a transa chegue ao fim sem que o preservativo fure. E não vai ser um só, vai ser uma peneira de furos.

 Imagina a trabalheira do SAC de uma fábrica de camisinhas para animais como esses. Furou, seus paspalhos, deve ser a queixa padrão da porca-espinha vítima de uma gravidez indesejada, agitando a peneira de látex ou outro material no caixa da farmácia. O jurídico da empresa sempre pode alegar que ela não fez sexo seguro, que deu mole ao transar com alguém cheio de espetinhos.

 Não deve ser fácil trabalhar no SAC de camisinhas.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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