O furacão das caturritas
Lá pras bandas de Cachoeira do Sul, houve um fenômeno, nos anos 1930, que erroneamente foi classificado como furacão. Deu-se que um coronel dos Provisório, proprietário de estância em Santaninha do Carrapato, terra natal do Paulo Sérgio Pinto, vice-presidente da Rede Pampa, encheu as medidas com as caturritas, uma praga que devasta lavouras e não contribói para nada.
As caturras gostavam de pousar em uma imensa figueira nativa, o que deu uma ideia para o coronel. Mandou a peonada lambuzar o tronco e todos os galhos da árvore com “cola das bem forte”. Horas depois, veio aquele monte de caturra e pousou na generosa figueira. Nem precisa dizer que ficaram todas coladas e impedidas de votar, segundo o coronel historiador do causo. Satisfeito com sua própria engenhosidade, o coronel chegou perto e com uma 12 disparou para o ar os dois canos simultaneamente para deixar bem claro quem mandava no pedaço.
Horas depois, um capataz de estância de Cachoeira foi aflito contar para o patrão que vira uma enorme figueira, com raízes à mostra, voando rente ao chão com os galhos entupidos de caturritas.