O furacão das caturritas

4 fev • A Vida como ela foiNenhum comentário em O furacão das caturritas

Duas caturritas em uma galho de árvore

Lá pras bandas de Cachoeira do Sul, houve um fenômeno, nos anos 1930, que erroneamente foi classificado como furacão. Deu-se que um coronel dos Provisório, proprietário de estância em Santaninha do Carrapato, terra natal do Paulo Sérgio Pinto, vice-presidente da Rede Pampa, encheu as medidas com as caturritas, uma praga que devasta lavouras e não contribói para nada.

As caturras gostavam de pousar em uma imensa figueira nativa, o que deu uma ideia para o coronel. Mandou a peonada lambuzar o tronco e todos os galhos da árvore com “cola das bem forte”. Horas depois, veio aquele monte de caturra e pousou na generosa figueira. Nem precisa dizer que ficaram todas coladas e impedidas de votar, segundo o coronel historiador do causo. Satisfeito com sua própria engenhosidade, o coronel chegou perto e com uma 12 disparou para o ar os dois canos simultaneamente para deixar bem claro quem mandava no pedaço.

Horas depois, um capataz de estância de Cachoeira foi aflito contar para o patrão que vira uma enorme figueira, com raízes à mostra, voando rente ao chão com os galhos entupidos de caturritas.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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