O fim do radinho

13 set • Caso do DiaNenhum comentário em O fim do radinho

 Qual o futuro do rádio? E falo do radinho de pilha, do hábito de ouvir rádio em boa parte do dia e não de ouvir música. O rádio generalista, o viciado que não consegue desgrudar dele.

 E vou mais longe: pegue seus filhos e a turma dele, os filhos dos vizinhos, a gurizada em geral, e veja se algum deles tem o mesmo hábito que você tinha, ou ainda tem, de ouvir entrevistas, notícias etc. Um que outro ouve jogos do seu time. Mas a geração Y por acaso ouve rádio? Não. Nem a Y nem a Z, o que venha depois dela.

 As garotas nunca foram de curtir radinho já no nosso tempo. Hoje, periga nem saber onde é que se compra um. E a rapaziada mais madurinha, em torno dos 28 anos, veja no seu círculo quantos têm um no bolso ou na mão. Nem em casa. E pior: quantas lojas ainda vendem radinho de pilha? Precisa garimpar para achar uma.

 O rádio tem que se reinventar. Fala quem foi comentarista da Band por 13 anos. As fórmulas cansaram – repito, fora o futebol – ou os atores ou foram despedidos e deram lugar a quem não é do ramo, gente sem molho nas palavrinhas. Quem curte radinho são os quarentões em diante. Ou morre ou se adapta ou se ouve apenas em narrativas de tragédias, e até isso já é substituído pela TV no celular.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

FacebookTwitter

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

« »