O cenário da Mangueira

22 dez • A Vida como ela foiNenhum comentário em O cenário da Mangueira

Como em todos os finais de ano, este teve novamente muitos cenários traçados pelos economistas. A cada traçada, eu me arrependo por não ter sido cenarista em vez de jornalista. Perdi a chance de prever o previsível. O que é ser imprevidente. E futurista. Olhem o que disse Peter Ducker: não podemos prever o futuro, mas podemos criá-lo.

O futuro a Deus Sepúlveda Pertence, para citar um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal. Como não estou disposto a me cobrir de cinzas e chibatadas pela aproximação do Armagedon, traço agora o meu cenário em cima da criação de dois cariocas chamados Enéas Brites da Silva e Aloísio Augusto da Costa.

Eles eram economistas, no sentido que economizavam muito porque eram pobres. O enunciado é assim: Mangueira teu cenário é uma beleza/Que a natureza criou/O morro com seus barracões de zinco/Quando amanhece que esplendor. É o samba Exaltação à Mangueira.

Aliás, o que seria dos compositores de sambas-enredo se não fosse os bordões recorrentes Ô Ô Ô Ô! e do lailai-lai (versão curta) e lai-lai-lai-lailai (versão estendida), sem falar no refrão prêt-à-porter ”na avenida!”. E por aqui fecho a cortina porque o cenário está mais para urubu do que para colibri.

É tudo por aí. Abaixo o foco!

 

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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