O barato sai caro
Que besteira e falta de tino criticar a compra de Toyota Corolla para a Brigada Militar. Começa que, nas matérias que li, não me deparei com a opinião de algum engenheiro automotivo ou mecânico grandão. Ser especialista de escrivaninha é fácil, mesmo não sabendo nem como funcionam os quatro tempos de um motor. Aliás, quantos motoristas sabem como funciona o Ciclo Ott?
O Toyota Corolla não é nem de longe o carro dos meus sonhos, mas reconheço que ele é confiável e tem durabilidade comprovada. Só pode, porque as viaturas da Brigada Militar rodam 24h por dia nas mãos de diferentes motoristas. Queriam o quê, Chevette?
Ontem, ouvi um colega de profissão desancar a compra do Governo do Estado sob a ótica da mecânica. Perguntei se ele tinha carro, e ele falou que nem dirigir sabe. “Mas é caro pagar R$ 100 mil”, redarguiu. Esse é um dos grandes problemas do jornalismo atual, emitir opiniões sem entender lhufas do assunto em tela.
Mas é assim aqui no Velho Rio Grande. O ranço campeia. Se não compram carros, critica o governo, se compram criticam igualmente. É assim em tudo. Não admira que nada funcione a contento neste país.
Foto: Luiz Chaves/Palácio Piratini