Nossa missão

5 abr • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Nossa missão

A função do jornal é alarmar o povo. A frase proferida por um veterano jornalista nos idos de 1974, quando trabalhávamos na extinta Folha da Manhã de Porto Alegre, pode ser contestada, mas a radiação de fundo que ela emite está correta. Tenho cabelos brancos suficientes e toneladas de textos e leituras para assinar embaixo.

Convite ao pânico

Nesta semana os moradores de Porto Alegre e cidades da Região Metropolitana correram em massa para os postos de saúde para se vacinar contra a meningite. O motivo foi uma notícia que ganhou capa de jornal e farta cobertura nas redes de TV de uma morte suspeita de um menino, cuja causa mortis foi essa doença. Diz-que-diz que foi a fonte.

Carrapato em boi

Poucos dias depois, as autoridades de saúde informaram que não foi meningite, foi outra doença que causou a morte do rapaz. Mas o pânico já estava mais grudado no povo que carrapato em gado não banhado em carrapaticida. É assim que funcionamos.

Falta de antenas

A meteorologia no Sul tem falhado muito nos últimos dois anos. Anuncia chuva, mas não chove, anuncia temporal que não chegou. Tenho por mim que um dos motivos das falhas nas previsões foi uma decisão do governo Dilma, que não renovou o contrato com operadora de um satélite meteorológico norte-americano geoestacionário na Região Sul. O motivo não sei, mas alguém do governo deveria ter se antenado. E o atual também.

Não entre em fria

A irritação do ministro Paulo Guedes com as molecagens verbais de deputados quando do seu depoimento na Câmara remete à velha história de sempre. Os políticos e autoridades devem ter sempre em mente é que jamais, mas jamais mesmo, se deve discutir com alguém jogando o mesmo jogo do oponente. Sair do script desconcertando o adversário é a melhor estratégia. Vale até para embates conjugais.

O cabelo nas orelhas

Houve um episódio que me marcou mundo na virada do milênio. Um programa esportivo de uma emissora de TV com vários debatedores discutia a movimentação de jogadores nos clubes europeus. Quando um dos comentaristas citava o nome de algum atleta e seu clube, um colega rebatia.

  – Não, esse que falas era do Bayern e não do Dortmund.

Logo em seguida o cara errou de novo.

  – Erraste, esse nunca jogou no Roma, jogou no Chelsea.

Depois de três correções ao vivo e a cores, o jornalista se enfureceu.

  – Olha aqui, você pensa que entende de futebol, mas não entende bosta nenhuma!

O atingido não acusou o golpe. A resposta foi desconcertante.

  – Ora, não me amole! Você até tem cabelo saindo das orelhas!

Nada a ver, certo, mas silenciou o acusador que tentou, mas não conseguiu achar uma resposta.

Da próxima vez, ministro Guedes, diga ao que o tirou do sério que ele tem cabelo saindo das orelhas…

Renato Ritter

Faleceu aos 90 anos Renato Ritter, dos Hotéis Ritter,  um dos mais antigos hoteleiros gaúchos. Renatinho, como era chamado pelos amigos, era uma pessoa muito especial. Merece uma biografia.

Funcriança

No Programa Gerador da Declaração/2019 uma das novidades é a localização da Ficha Doações Diretamente na Declaração, agora mais visível.  É importante para quem quiser doar 3% para o Funcriança. O Brasil depende das crianças, serão elas quem mudarão o País.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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