No passado, a evolução
Às vezes, dá a impressão que tudo já foi inventado e que hoje se busca um conceito que é milenar. Um bom exemplo foi a máquina de escrever. Quando ela surgiu, no século XIX, as letras eram agrupadas numa esfera e ela é que se movia e com mais facilidade que o pesado carro, acionado pela mão esquerda. Pois nos anos 1970, a IBM introduziu um novo conceito, a volta ao original. Vá lá, agora ela era elétrica, então bastava um toque na letra escolhida. Mas voltou-se ao início.
A Aero Magazine desta semana mostra outra volta ao passado. Um dos maios sérios problemas do voo supersônico é o estrondo sônico, uma onda de choque que pode causar grandes estragos se a aeronave estiver nesta velocidade em baixa altura. Então, a Nasa buscou uma tecnologia dos anos 1950 para um protótipo, como o primeiro jato a romper a velocidade do som, o Douglas X3 e o Convair F2Y Sea Dart. De tão simples, chega a doer.
Em vez de colocar a turbina nas asas ou na cauda, pôs sob a fuselagem, caso dos jatos militares, o motor é montado no topo do avião, então o ruído produzido é desviado “para cima” e não para baixo, rumo ao solo.
Por isso, ainda não perdi a esperança que, algum dia, os fabricantes de celulares retornem à vocação original, aparelhos para ouvir e falar. Porque a loucura é exatamente esta: os computadores estão cada vez menores e os celulares, cada vez maiores.