Nada de novo no front

25 set • Caso do Dia, NotasNenhum comentário em Nada de novo no front

Jair Bolsonaro disse na ONU o que ele sempre quis dizer: nada de arreglo, se quiserem ir para o pau eu topo. Claro que sofre ataques maciços, acredito que mais aqui do que lá fora, mas temos que esperar a poeira sentar. Se é que vai sentar. Vã esperança que ele fosse dar o flanco para tentar minimizar as críticas de quem sempre o odiou e continuará a sentar o sarrafo republicano no seu lombo, sem entrar no mérito.

OS MANDARINS

Nós sempre achamos que o Brasil é o umbigo do mundo e uma fala de um presidente tem o dom de influenciar um senhor chamado Mercado. Descendente direto do avarento Ebenezer Scrooge, do romance de Charles Dickens, este senhor não tem veias e nem coração. Seu negócio é ganhar dinheiro sem dar pelota para sonhos naturebas. A não ser que dê dinheiro. Se alguma preocupação ele tem é com a China.

NERVOS DE AÇO

O economista Sidnei de Moura Nehme, da NGO Corretora, escreveu que as tensões com a China e Estados Unidos estão levando os mercados a um comportamento bipolar. É, pode ser. Uma hora parece tudo azul e, no minuto seguinte, achamos que vivemos no fundo dos infernos.  Haja nervos para trabalhar com um cenário maluco como esse.

VANTAGEM BRASILEIRA

Se o mundo está à beira de um ataque de nervos, nós brasileiros temos muito a oferecer. Afinal, o Brasil é bipolar há muito tempo. Com a sociedade que tempos, e é o que a casa oferece, vivemos a glória e a esperança para, em seguida, cair no fosso da infelicidade e desesperança. Isso para quem não faz parte dos 70% dos brasileiros que são analfabetos funcionais. Vocês se deram conta disso?

A BURRICE COMO BENÇÃO

É assertiva conhecida, um arquétipo. Sempre dizemos que não é o governo, não é o Congresso, não são os políticos, é o povo que não leva jeito para despertar o Brasil do berço esplêndido, que não é esplêndido coisa nenhuma. Sim, sim, fazemos uma força danada para melhorar, mas no trajeto somos envoltos por emoções primárias, certamente alimentadas por parte da sociedade fundamentalista, aquela do crê ou morre.

A CIZÂNIA COMO OBRIGAÇÃO

Reúna uma turma de amigos ou parentes e pergunte a eles se o Brasil tem jeito e futuro. Certamente uma ou mais pessoas dirão que não. Engraçado, nós lamentamos que o povo venezuelano seja tão fraco a ponto da oposição ao meio ditador Nicolás Maduro não conseguir nem mesmo se unir e, quando encara, produz um presidente que invadiu seu próprio país e hoje está como a Conceição da música, ninguém sabe, ninguém viu.

PAUSA QUE NÃO REFRESCA

A Venezuela é a campeã da ineficiência. Está sentada em cima das maiores reservas de petróleo do mundo e não consegue nem mesmo fornecer papel higiênico para a população, é mole?

A PAUSA QUE REFRESCA

tucano_toco (6)O Gramadozoo recebeu 16 animais trazidos pelo Ibama na última semana. Os novos moradores são dez tucanos-toco, quatro quatis, uma iguana e uma jiboia. Os animais foram resgatados e estavam aos cuidados da Associação Mata Ciliar, de Jundiaí, São Paulo. São – ou deveriam ser – bichos felizes. Casa, cama, comida e um doutor para cuidar da saúde sem precisar ter um plano de saúde.

Foto: Halder Ramos/Gramadozoo

ESTRANHO

De tanto ver a mulherada atracada num baseado, é de estranhar que ainda não haja uma epidemia de batizados Maria Juana.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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