Momento Culinário
A caverna dos bons pratos
Situado quase na esquina da Protásio Alves com a rua Eça de Queiroz, a Caverna do Ratão é um bastião da boa comida. É um dos últimos bar-chope que restam em Porto Alegre, ramo que terminou em meados dos anos 1980 – matou-os a falta de estacionamento, em regra.
Pois é, por isso o Ratão é um espanto: não tem estacionamento, e vive lotado. Vá de Uber. Nem preciso falar do chope, vou narrar – salivando – os três pratos fortes da casa. O primeiro é o sanduíche aberto que nada tem a ver com os que estão por aí. Começa que é de pernil e pernil fatiado na hora, o que evita que ele resseque. Acompanhado de um molho quente e de mostarda caseira. Não tem como fugir do jargão, é dos deuses. Eu só peço que tirem a cenoura em conserva, que eu realmente não sei o que faz em um sanduba.
As duas outras estrelas do Ratão são os bolinhos de carne, recheados ou não, e o croquete. Antes que você torça o nariz, aviso que não é croque de restos, a mistura de carne é especialmente feita para ele. Tanto que se pode leva-los crus para fritar em casa. Olha que eu já comi croquete nessa minha vida, mas esse é 10.
Longa vida ao Ratão, que os deuses da boa comida o protejam das intempéries.
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