Moacir, o maldito

13 fev • Notas1 comentário em Moacir, o maldito

  Deu-me uma saudade do autodenominado poeta maldito Moacir Ribeiro. Dublê de jornalista, vagava nas frias madrugadas de julho nos bares da Rua da Praia, deitando âncora no Bar Leão, onde bebia litros, devolvendo-os em forma de poemas desconcertantes.
“Hoje, amanheci com uma vontade louca de brigar com Deus” , começava um, terminando com “Vocês não entendem nada  de ternura humana!” com exclamação e tudo. Morreu como viveu. Da última vez que o vi, estava com um bilhete de loteria na mão dizendo que, se ganhasse, iria surfar em  Camboriú.

Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.

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One Response to Moacir, o maldito

  1. Marco Turki disse:

    Poema da ternura perdida. Do livro , talvez não publicado, POEMAS QUE DEUS NÃO LEU. DE Moacyr Ribeiro. fico feliz que alguém lembre dele. Paulo Santanas , muitas declamou este poema. Eu o conheci pessoalmente, foi contemporâneo de Mário Quintana e muitas vezes lhe paguei bebidas. Na rua Calda Júnior na época tinha bares boêmios de não boa categoria, proximo ao Bar Leão.

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