Minha vida de refrigerador
Há um ano e dois meses eu saía de carro, deixava-o no jornal, abria o computador, limpava a caixa e redigia algumas das 50 a 60 notas que uso na página 3 e no blog. Em seguida, caminhava até o Centro e tomava o cafezinho nosso de cada dia, na À Brasileira, rua Uruguai, ou no Café do Mercado, geralmente jogando conversa fora.
Almoçava com empresários, executivos, fontes e amigos. Dia sim, dia não, frequentava a academia por cerca de duas horas, para só depois ir ao jornal. Depois enfiava a cara na máquina até as 19h/20h. Dificilmente saía à noite, salvo em eventos de interesse meu, do jornal ou de ambos.
Hoje, me exercito em casa com halteres, vou e volto ao Centro Histórico caminhando. Não posso em mais beber meu café porque as cafeterias só funcionam pelo take away, nem lugar para sentar existe. Almoçar fora também não.
Ou seja, minha vida atual é mais monótona que a de um refrigerador.
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