Minha década perdida
Um dos grandes nomes da música romântica no Rio Grande do Sul, com cinco décadas de carreira, o cantor Edgar Pozzer comanda, neste mês, mais um baile repleto de romantismo comme il faut. Edgar celebra os 47 anos do seu Girasole, na rua Vieira de Castro, 436. Será um jantar dançante, como era moda dos anos 1960, dia 21 no Clube Caixeiros Viajantes.
Nos anos 1960, o boa pinta Edgar Pozzer e seu estilo romântico preferencialmente com músicas italianas, moda mundial por causa do Festival de San Remo, fazia as mulheres suspirarem ao som de Volare, Per Te, Il Mondo e tantas outras. Eu que o diga.
Pozzer cantava em conjuntos e orquestras grandes em bailes no Interior, na Serra, em cidades da Região Metropolitana. Na época, tínhamos uma turma que ia aos bailes e eu jurei que não iria mais a eventos onde o Edgar Pozzer cantasse. Por mais apaixonada que a garota estivesse por você, bastava o Edgar aparecer com um blazer azul e calça branca e lá se foi minha paixão.
Nas sextas-feiras, o meu amigão se apresenta no Girasole cantando músicas daquela época, e, ao mesmo tempo, manejando o caixa, dando troco e anotando comandas. Nunca vi isso, mas ele fazia parecer fácil.
Fernando Albrecht é jornalista e atua como editor da página 3 do Jornal do Comércio. Foi comentarista do Jornal Gente, da Rádio Band, editor da página 3 da Zero Hora, repórter policial, editor de economia, editor de Nacional, pauteiro, produtor do primeiro programa de agropecuária da televisão brasileira, o Campo e Lavoura, e do pioneiro no Sul de programa sobre o mercado acionário, o Pregão, na TV Gaúcha, além de incursões na área executiva e publicitário.
